Segunda-feira, 22 de setembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Notícias A pandemia de coronavírus continua afetando a economia gaúcha, mas os prejuízos foram menores nos últimos dias

Compartilhe esta notícia:

Segmentos de alimentação como o de ovos tiveram expansão relativa nas vendas. (Foto: EBC)

Os principais indicadores de comportamento econômico-fiscal do Rio Grande do Sul continuam apresentando queda frente a períodos equivalentes de 2019 em virtude dos impacto da pandemia de coronavírus. Segundo a terceira edição do boletim da Receita Estadual sobre o assunto, a retração verificada na última semana, entretanto, não foi tão expressiva quanto nos períodos anteriores.

“Dados extraídos dos documentos fiscais eletrônicos revelam que, em geral, houve uma tendência de redução do tamanho das quedas”, ressalta o subsecretário do órgão, Ricardo Neves Pereira, ao detalhar o período entre 16 de março (quando foram adotadas as primeiras medidas de quarentena pelo Palácio Piratini) e 10 de abril (última sexta-feira).

A emissão de notas eletrônicas, por exemplo, atingiu seu pico de queda, até o momento, na semana entre 28 de março e 3 de abril, quando havia caído 31,5%, passando para 25,2% de retração na semana passada. No acumulado desde 16 de março, a redução média é de 17,1%, impactado pelo desempenho positivo da primeira semana, que refletiu a preocupação da sociedade em estocar determinados produtos essenciais.

Isso significa que entre 16 de março e 10 de abril o valor médio diário emitido caiu de R$ 2,09 bilhões no período equivalente em 2019 para R$ 1,74 bilhão em 2020, ou seja, cerca de R$ 350 milhões deixaram de ser movimentados, em operações registradas nas notas eletrônicas, a cada dia.

Ainda conforme o boletim, o mesmo movimento foi apurado em relação aos níveis de atividade da indústria, do atacado e do varejo, que reduziram suas quedas de 41,1% para 32,1%, de 17,6% para 12,4% e de 38,2% para 24,4%, respectivamente, da penúltima para a última semana (4 a 10 de abril).

No acumulado do período, desde o início da quarentena, o setor mais afetado segue sendo o varejo, com retração média de 28%, seguido pela indústria (-23,2%) e pelo atacado (-10,1%), que passou a acumular resultado negativo apenas agora.

Segmentação

O subsecretário Ricardo Neves explica que os efeitos da pandemia têm afetado de maneira distinta os setores industriais e do varejo:

“Enquanto as vendas a consumidor final de produtos de higiene, alimentos, medicamentos e materiais hospitalares aumentaram cerca de 9% no acumulado, o desempenho dos demais produtos, como eletrônicos, móveis, calçados e vestuário, contabiliza quedas expressivas, na ordem de 50%. Essa diferença também é percebida na visão por setores industriais”.

O comparativo semanal identificou que para a maior parte dos segmentos no setor de alimentação houve expansão relativa das vendas, como os segmentos de aves e ovos, suínos, bovinos e leite.

No mesmo sentido, os setores da área de alimentação e produtos de limpeza ainda apresentam incrementos relativos de venda ao considerar-se todo o período da crise (a partir de 16 de março). As perdas continuam afetando significativamente setores como o coureiro-calçadista, de móveis, têxtil, metalúrgico e de veículos.

No “Top 10” de mercadorias com maiores variações positivas do valor das vendas a consumidor final, ganham destaque produtos do setor de alimentos (carnes, leite, cacau, hortícolas, peixes, cereais e frutas) e do setor farmacêutico. Já o ranking de maiores variações negativas do valor das vendas, por sua vez, é composto por veículos, vestuário, máquinas e aparelhos elétricos, móveis, calçados, instrumentos e aparelhos de óptica e fotografia, dentre outros itens.

No acumulado do período (16 de março a 10 de abril), o combustível com maior queda no volume de vendas é o etanol (-59,7%), seguido pela gasolina comum (-30,3%) e pelo óleo diesel S-500 (-24,1%). O óleo diesel S-10, por sua vez, apresenta incremento acumulado de 2,1%.

Em relação ao preço médio, os quatro combustíveis analisados têm apresentado movimento de queda no período recente, reflexo da atual conjuntura internacional acerca do petróleo. A gasolina comum, por exemplo, chegou a atingir R$ 4,79 no final de janeiro, estava em R$ 4,62 no dia 16/3 e passou a R$ 4,19 em 10/4, última data de análise do Boletim.

(Marcello Campos)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Notícias

O coronavírus sobrevive em superfícies por vários dias. A dica? Higienizar as mãos cada vez que mexer em dinheiro
Um estudo aponta os impactos do coronavírus na vida das mulheres
https://www.osul.com.br/a-pandemia-de-coronavirus-continua-afetando-a-economia-gaucha-mas-prejuizos-foram-menores-nos-ultimos-dias/ A pandemia de coronavírus continua afetando a economia gaúcha, mas os prejuízos foram menores nos últimos dias 2020-04-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar