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Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2017
A partir de 2019, a Copa Libertadores da América será decidida em um único jogo, ao contrário do sistema atual, que prevê um confronto de ida e outro de volta, cada qual na casa de um finalista. A informação é do jornal argentino “Olé”. Essa hipótese já havia sido cogitada pela própria Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) no dia 27 de setembro, em seu site oficial, porém indicando a possível adoção da medida já no ano que vem.
A ideia foi lançada em junho, durante a primeira reunião da Comissão de Clubes criada pela Conmebol, o presidente da entidade, Alejandro Domínguez. Mas a decisão só deve ser anunciada em dezembro, no sorteio dos grupos para a disputa de 2018, mas já teria uma boa receptividade por parte de alguns clubes.
A novidade seria parte de uma série maior de transformações que a Conmebol quer implantar em seu principal torneio, já que os direitos de transmissão dos duelos do certame continental passarão ao grupos Perform (britânico) e IMG (norte-americano) a partir de 2019. Ambos venceram uma licitação contra outras duas empresas.
Ainda segundo a publicação argentina, um acordo já teria sido firmado, no valor de US$ 1,4 milhão (R$ 4,4 milhões) como garantia entre a Conmebol e as empresas vencedoras. Com isso, as partidas não devem mais ser exibidas exclusivamente pela rede Fox, atual detentora do contrato de transmissão.
Fontes internas da entidade revelam, porém, que os planos de uma decisão mediante partida única – modelo adotado atualmente pela Liga dos Campeões da Europa e no passado em algumas edições da própria Libertadores – incluem a escolha do “campo neutro” em cidades capazes que oferecer atrativos turísticos e infraestrutura, de forma similar às exigências da Fifa (a federação internacional de futebol) para eleição das sedes da Copa do Mundo de Seleções.
Histórico
A Copa Libertadores da América, cujo nome oficial é “Conmebol Libertadores Bridgestone” desde 2013 por questões de patrocínio, é a principal competição de futebol entre clubes profissionais da América do Sul. De 1998 a 2012, o patrocínio era da montadora japonesa Toyota.
O primeiro certame foi disputado em 1960, como “Copa dos Campeões da América”, pois contava somente os vencedores dos torneios das associações de futebol da América do Sul em seus respectivos campeonatos. A atual denominação foi adotada cinco anos depois.
Até 2004, o detentor do troféu enfrentava o vencedor da Liga dos Campeões da Europa em uma ou duas partidas, em uma competição chamada “Copa Intercontinental”. A partir de 2005, renomeada para “Copa do Mundo de Clubes da FIFA” (FIFA Club World Cup), o torneio passou a reunir os campeões de cinco continentes, com participação de clubes do México entre 1998 e 2016.
Já o nome “Libertadores” é uma homenagem aos principais líderes da independência das nações do continente: José Artigas (Uruguai), Simón Bolívar (Venezuela), José de San Martín (Argentina), Antonio José de Sucre (Peru), Bernardo O’Higgins (Chile), Dom Pedro I e José Bonifácio de Andrada e Silva (Brasil).
A entidade tem cogitado a possibilidade da inclusão de equipes centro-americanas na competição, assim como a realização de uma partida entre o vencedor da Libertadores e o vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf (a confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), que atualmente participam do torneio como convidados (o título de 2010 foi vencido pelo Inter sobre o Chivas, do México).
Em março de 2009, a Conmebol anunciou a versão feminina do evento, com dez clubes (um de cada país associado). A primeira edição foi realizada no Brasil e teve como campeã o Santos. Dois anos depois, foi a vez da Copa Libertadores Sub-20, disputada no Peru por 12 clubes do continente e com jogadores de até 20 anos de idade.