Domingo, 07 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2025
O PT decidiu que, a partir do próximo ano, fará atos em memória aos ataques golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro de 2023. A decisão, segundo lideranças, é realizar eventos nas principais cidades de todos os Estados brasileiros.
Esse é um dos itens da pauta de discussão do Diretório Nacional do PT, realizado neste final de semana na sede do partido, em Brasília.
Integrantes da legenda esperam que esse evento se torne uma tradição e seja realizado anualmente.
Será uma oportunidade para o novo secretário-geral da Presidência, Guilherme Boulos, demonstrar capacidade de articulação com movimentos sociais.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou um ato em memória em evento esvaziado, sem a presença dos chefes dos Poderes Executivo e Judiciário.
A segurança pública é um dos principais pontos de discussão no Diretório Nacional do PT.
No sábado (6), o partido retirou a defesa de um ministério exclusivo para a segurança pública da proposta de resolução política que passará pelo crivo do Diretório Nacional.
Ao abordar a crise na segurança, com o avanço das fações criminosas, a primeira versão do texto petista, obtida pelo portal Estadão, apresentava um trecho que contemplava a maioria da cúpula do partido.
O titular da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e secretários da pasta são contra a divisão do ministério, sob o argumento de que isso enfraqueceria até mesmo o combate ao crime organizado.
Neste sábado, integrantes das principais correntes do PT fazem uma análise da conjuntura política e também traçarão planos eleitorais para a disputa presidencial de 2026.
Estão presentes, entre outros, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, o secretário nacional de comunicação do partido, Éden Valadares, o líder do governo na Câmara dos deputados, José Guimarães (PT-CE) e o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP).
Perfis
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem usado perfis institucionais do governo nas redes sociais para defender agendas do Palácio do Planalto, fazer contraponto a decisões do Congresso e criticar adversários.
Especialistas divergem sobre a legalidade da estratégia. Parte avalia que as publicações podem configurar propaganda pública irregular. Outros sustentam que não há vedação expressa na Constituição a manifestações políticas em perfis oficiais.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal, responsável pelas publicações nas redes, afirmou que elas observam estritamente o que determina a Constituição e negou que faça ataque ou crítica a adversários políticos. “A divergência entre Poderes faz parte da dinâmica democrática. Manifestar a posição institucional do Executivo – inclusive quando distinta da adotada por outros entes federativos ou pelo Legislativo – não constitui propaganda irregular, desde que não haja personalização, promoção política ou pedido de voto, o que não ocorre em nenhuma das peças citadas”, diz a Secom em nota.
Um dos exemplo do tom adotado pelo governo Lula é um vídeo publicado um dia após a megaoperação policial no Rio de Janeiro. A peça critica a ação da gestão de Cláudio Castro (PL), afirma que operações como essa “colocam policiais, crianças e famílias inocentes em risco” e que a morte de mais de uma centena de pessoas “não adianta nada no combate ao crime”. (Com informações do portal Estadão)