Domingo, 28 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2020
A Petrobras vai elevar os preços médios da gasolina em suas refinarias em 4% a partir deste sábado (10), enquanto o diesel terá aumento de 5%.
O reajuste, o primeiro da companhia em outubro, é o terceiro aumento consecutivo da gasolina e o segundo para o diesel desde o final do mês passado. Há uma semana, a Petrobras anunciou elevação de preços médios da gasolina em suas refinarias em 5%, e do diesel em 3%.
Ao anunciar o novo reajuste, a Petrobras defendeu sua política de preços, afirmando que a fórmula de preços tem como base a chamada paridade de importação, que leva em conta os preços do petróleo no mercado internacional e o câmbio, entre outros fatores.
Histórico de preços
Os preços dos combustíveis caíram fortemente a partir de março, em meio aos impactos da pandemia de coronavírus sobre o mercado de petróleo e combustíveis, e chegaram a tocar mínimas abaixo de 1 real por litro em meados de abril antes de voltarem a subir.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o preço da gasolina recuou 0,45% em média no País em agosto, acumulando uma queda de 5,93% nos oito primeiros meses do ano.
Segundo a estatal, o preço médio cobrado das refinarias acumula, desde janeiro, queda de 24,3% no caso do diesel, e de 5,3% na gasolina.
“Entre julho e agosto, o preço médio da Petrobras correspondeu a cerca de 30% do preço final ao consumidor nos postos de combustíveis”, se defende ainda a companhia, que destaca que as revisões de preços feitas pela estatal podem ou não se refletir no preço final ao consumidor.
Produção recorde
Pelo quarto mês consecutivo, a Petrobras bateu recorde de produção de diesel S-10, com baixo teor de enxofre. Em setembro, atingiu a marca de 1,89 milhão de metros cúbicos. No mesmo mês, a empresa registrou recorde de vendas do produto. O total comercializado foi de 1,91 milhão de metros cúbicos.
De acordo com a companhia, a alta na produção do diesel S-10 nos últimos anos é resultado de maior demanda pelo produto no Brasil, que, segundo a Petrobras, acompanha a evolução dos motores de veículos pesados e utilitários movidos a diesel. Os veículos são responsáveis pela maior parte da circulação de mercadorias no território nacional.
A Petrobras relacionou o recorde de vendas do diesel com o baixo teor de enxofre às ações comerciais que adotou, com o objetivo de reduzir os efeitos da pandemia da covid-19 sobre a demanda de combustíveis e, ainda, aos “esforços bem-sucedidos de ampliar a oferta do produto com menor teor de enxofre, em substituição ao diesel S-500”.
Conforme a companhia, o recorde de produção de diesel S-10 vem sendo superado seguidamente desde junho. Lá foram produzidos 1,63 milhão de metros cúbicos, marca superada em julho (1,81 milhão de metros cúbicos) e em agosto (1,84 milhão de metros cúbicos). “As vendas do produto em setembro superaram em 7,3% o recorde anterior de 1,78 milhão de metros cúbicos, registrado em julho de 2020”, informou, em nota.