Terça-feira, 25 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2017
O preço médio da gasolina nas bombas terminou a semana em alta de 0,57%, de acordo com um levantamento divulgado na sexta-feira pela ANP (Agência Nacional de Petróleo). O valor médio pago pelo consumidor passou de R$ 3,85 por litro na semana passada para R$ 3,872.
A Petrobras anunciou dois reajustes do preço da gasolina nas refinarias durante a semana. Na quinta-feira a estatal elevou os preços em 1,3% e na sexta-feira reduziu o valor em 0,6%. O repasse (ou não) aos consumidores depende dos postos. O preço do etanol também subiu nesse período, passando de R$ 2,612 para R$ 2,632 – ou seja, um aumento de 0,76%.
Já o valor médio do diesel caiu nas bombas – apesar da elevação do preço nas refinarias. O recuo médio para o consumidor foi de 0,52%, de R$ 3,15 por litro para R$ 3,142. A estatal também também anunciou na quinta-feira um aumento de 1,6% nos preços nas refinarias e outro de 0,5% nessa sexta-feira.
Política de revisão
A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no final de junho. Com esse modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a estatal agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, também pesam na decisão de revisão de valores as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.
Com a mudança, o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, ressaltou que a empresa inaugura um novo ciclo, no qual a empresa buscará que as mudanças de preços sejam mais naturais, como ocorre com commodities em todo mundo. “O que a gente vai ter é reajustes mais frequentes, podendo ser até diariamente, com isso, dando mais competitividade certamente com reflexos positivos para o consumidor, promovendo maior competição no mercado”, afirmou.
Toda vez que a Petrobras realiza uma alteração de preços na gasolina ou no diesel vendido nas refinarias, a informação é publicada em uma página na internet. A mudança foi implementada após a avaliação de que os ajustes que vinham sendo praticados desde o lançamento da nova política, em outubro de 2016, não vinham sendo suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados.
Um problema adicional da perda de mercado da Petrobras, segundo Monteiro, é a redução da utilização da capacidade do parque de refino, que segundo ele está começando a atingir um nível baixo que não é adequado para o funcionamento do parque. Para Monteiro, a nova frequência de ajustes de preços também permitirá que a empresa reforce a entrega do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, que está sendo cumprido, diz ele.