Terça-feira, 07 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de fevereiro de 2016
Uma queixa de cientistas norte-americanos e europeus sobre dificuldades no acesso a amostras brasileiras do zika vírus foi amplamente divulgada pela imprensa internacional nos últimos dias. Segundo os relatos, o País estaria dificultando a entrega de material de pesquisa importante para o desenvolvimento de kits de diagnóstico, remédios e vacinas.
Por trás disso estão, afirmaram especialistas, entraves legais e uma tentativa de fazer com que os pesquisadores estrangeiros venham estudar a doença no Brasil, em parceria com os cientistas daqui, e não em seus países de origem.
O objetivo seria garantir que eventuais avanços científicos beneficiem em primeiro lugar a população brasileira – a mais atingida até agora pela epidemia de zika. Para muitos, no entanto, trata-se de um protecionismo desnecessário diante de uma epidemia global.
Segundo a reclamação, os pesquisadores estrangeiros estariam se valendo de amostras de epidemias passadas – em locais como Polinésia Francesa e Uganda – para fazer seus trabalhos, o que não é o ideal.
O presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Paulo Gadelha, disse não poder enviar amostras para o exterior devido à nova lei que protege o patrimônio genético nacional, ainda não regulamentada. (BBC Brasil)