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Notícias A Polícia Civil capturou um dos quatro envolvidos na morte de um africano que trabalhava como motorista de aplicativo em Porto Alegre

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Os demais suspeitos já foram identificados e seguem foragidos. (Foto: Jorge Felipe/Polícia Civil)

Na manhã dessa sexta-feira, agentes da Polícia Civil gaúcha, por meio de sua 19ª Delegacia, prenderam um homem de 24 anos, suspeito de envolvimento no latrocínio de um motorista de aplicativo de transporte particular em Porto Alegre. A vítima, um imigrante do Senagal (África), foi morta com dois tiros na tarde de 2 de junho, um domigo.

De acordo com o delegado Daniel Ordahi, o crime foi cometido por quatro indivíduos. O grupo havia acionado o serviço na Vila Tamanca, bairro Lomba do Pinheiro (Zona Leste). Após um percurso de aproximadamente 8 quilômetros, eles anunciaram o assalto no bairro Belém Velho. O objetivo era se apossar do veículo.

O senegalês acabou se assustando e jogou o veículo sobre o cordão de uma calçada. Nesse momento, um dos indivíduos efetuou os disparos, atingindo o motorista pelas costas. Em seguida, a quadrilha deixou o corpo do motorista na rua e fugiu com o veículo, que acabou atolando em uma estrada de chão. Um outro carro foi roubado e também resultou em problemas, parando devido a um dispositivo de segurança. Os latrocidas fugiram então a pé.

Ainda conforme Daniel Ordahi, os outros três indivíduos são um jovem de 18 anos, outro de 19 e um terceiro, de idade não informada. Eles já estão identificados e seguem procurados pela Polícia Civil, mediante mandado de prisão temporária. Reconhecidos por fotografias, câmeras de segurança e outras provas técnicas que comprovam as suas presenças no local e horário do crime, são considerados foragidos.

Já a delegada Adriana Regina da Costa, que comanda o Departamento de Polícia Metropolitana, ressaltou que a unidade tem realizado um trabalho com foco específico nos casos de motoristas de aplicativos. “São investigações diferenciadas”, esclareceu.

Vítima

Com 35 anos de idade, o sengalês Babacar Niang vivia desde 2014 no Rio Grande do Sul, para onde veio em busca de uma vida melhor, inclusive para os seus familiares que permaneceram no país africano. O seu corpo chegou no último domingo à cidade de Watef, onde ele nasceu e seria sepultado.

De acordo com o presidente da Associação dos Senegaleses em Porto Alegre, Mor Ndiaye, os custos de acondicionamento do corpo e do translado – quase R$ 20 mil – foram custeados por uma campanha de arrecadação entre membros da comunidade africana da capital gaúcha. Na sexta-feira antes do embarque do caixão, colegas e compatriotas de Babacar Niang realizaram um cortejo fúnebre desde uma funerária no bairro Medianeira (Zona Sul) até o Aeroporto Internacional Salgado Filho (Zona Norte).

Durante o trajeto, em carreata, o grupo parou em frente à sede da empresa Uber, na avenida Carlos Gomes. Objetivo: para reivindicar melhores condições de segurança para os trabalhadores da categoria. O único parente no cortejo era um primo de 28 anos e que também atua como motorista de aplicativo.

Já no terminal de embarque, balões pretos foram soltos ao céu, em sinal de luto e protesto. Na ocasião, o vice-presidente da Alma-RS (Associação Liga dos Motoristas de Aplicativos no Rio Grande do Sul), Ricardo Schutz, desbafou: “O sujeito vem de um outro país em busca de uma vida melhor e sofre uma desgraça dessas. Isso também acaba sendo um crime internacional”.

(Marcello Campos)

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