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Mundo A polícia da Nicarágua prendeu um vigilante particular suspeito de matar a estudante brasileira

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Raynéia Gabrielle estudava medicina no país onde foi assassinada. (Foto: Reprodução/Facebook)

A Polícia Nacional da Nicarágua comunicou nesta sexta-feira (27) que prendeu o vigilante particular Pierson Gutiérrez Solís, 42 anos, suspeito de ser o autor dos disparos que mataram a estudante de medicina brasileira Raynéia Gabrielle Lima, de 30 anos.

O comissário César Cuadra leu a nota de imprensa da polícia na emissora governista Canal 4, revelando que o detido foi apreendido com uma arma de fogo tipo carabina M4, mas não forneceu detalhes sobre o momento do assassinato. Colegas de Raynéia e opositores afirmam que ela foi morta por paramilitares que fazem a segurança da região Lomas de Montserrat, onde vivem alguns políticos nicaraguenses.

A nota da polícia termina dizendo que “o processo de investigação, o detido e as evidências serão enviados às autoridades competentes”.

Até o momento, o paradeiro do carro de placa M 170-620, que Raynéia dirigia quando foi morta, é desconhecido. Além disso, o namorado da estudante, aparentemente a única testemunha do crime, não foi localizado. É possível que ele esteja escondido justamente por ter sido a única testemunha presencial do caso.

A morte de Raynéia ocorreu por volta das 11 horas da noite da segunda-feira (23), quando ela voltava para casa após sair do plantão médico.

Em Lomas de Montserrat, paramilitares vigiavam a casa de Francisco López, tesoureiro da FLSN (Frente Sandinista de Libertação Nacional) e ex-gerente do Albanisa. Segundo vizinhos, uma série de tiros foi ouvida na noite em que a estudante foi morta. No entanto, as autoridades policiais falam de um único disparo de arma de fogo.

Diploma póstumo

A UAM (Universidade Americana de Manágua) concedeu na quinta-feira à brasileira Raynéia Gabrielle Lima, morta a tiros em Manágua, o diploma de Medicina em uma cerimônia organizada pela direção e os estudantes da instituição onde ela cursava o sexto ano de Medicina. Raynéia estava perto de terminar o curso e já fazia residência.

A brasileira trabalhava como médica do Hospital Carlos Roberto Huembes, da polícia nicaraguense. Segundo a embaixada brasileira em Manágua, ela havia saído do trabalho, onde era plantonista, quando foi vítima dos disparos.

Raynéia ingressou ainda com vida no Hospital Militar Escuela Doctor Alejandro Dávila Bolaños às 23h30 de segunda-feira. O disparo tinha comprometido o fígado, o pulmão direito e o coração, segundo o governo.

Homenagem

Um grupo de estudantes de Medicina da UAM prestou homenagem à brasileira Raynéia Gabrielle Lima. As bandeiras do Brasil e da Nicarágua foram colocadas na rotatória Jean-Paul Genie, local onde várias flores e fotos lembram os estudantes mortos desde 18 de abril, quando teve início a revolta popular contra o presidente do país, Daniel Ortega.

Com a frase “Nascida no Brasil, Renascida na Nicarágua”, os companheiros de faculdade de Raynéia homenagearam na quinta-feira (26) a jovem brasileira, que foi atingida por um tiro no peito disparado por um grupo de paramilitares, segundo o reitor da UAM, Ernesto Medina.

Desde o início da crise no país, 448 pessoas morreram na Nicarágua, vítimas da repressão de Ortega aos protestos, de acordo com dados de organizações humanitárias locais e internacionais.

“É preciso dizê-lo, os paramilitares que estavam na casa de Chico López foram os que dispararam”, disse Medina.

López é tesoureiro da FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional), partido de Ortega. Há pouco tempo, ele era gerente de duas grandes empresas estatais dos setores de petróleo e construção.

A estudante brasileira morava no mesmo bairro que López, uma região exclusiva no sul da capital nicaraguense.

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https://www.osul.com.br/a-policia-da-nicaragua-prendeu-um-vigilante-particular-acusado-da-morte-da-estudante-brasileira/ A polícia da Nicarágua prendeu um vigilante particular suspeito de matar a estudante brasileira 2018-07-27
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