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Brasil A Polícia Federal abre quatro inquéritos para investigar ataques de hackers a dez autoridades ligadas à Operação Lava-Jato

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Maurício Norambuena participou do sequestro de Washington Olivetto. (Foto: Divulgação/PF)

A PF (Polícia Federal) instaurou quatro inquéritos para investigar o vazamento de mensagens de celular de procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava-Jato e do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Os investigadores trabalham com a hipótese de que houve uma ação orquestrada. Há a suspeita de que a invasão ao celular de Moro e de integrantes do MPF (Ministério Público Federal) tenha sido planejada.

Os investigadores estão colhendo indícios sobre a autoria, sobre quem teve acesso de forma ilegal a conversas privadas do ministro e qual o método usado pelos hackers. No caso de Moro, já se sabe que o ministro da Justiça atendeu a uma ligação de um número igual ao dele, e que isso permitiu o acesso ilegal ao aplicativo Telegram, que ele não usava mais.

Investigadores afirmaram que os hackers clonaram o número de Moro, abriram ou reativaram a conta do ministro no Telegram e se passaram por ele. Moro desativou a linha invadida. No mês passado, procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro e no Paraná relataram tentativas de invasões semelhantes. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, considerou os ataques graves e disse que configuram uma situação que pode comprometer diversas apurações em curso.

Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), integrantes da Lava-Jato atenderam a ligações do próprio número. A PGR abriu procedimento interno para acompanhar o caso e, desde então, tem reforçado as orientações para ampliar a segurança dos aplicativos de mensagem usados pelos procuradores.

Na terça-feira (11), o Telegram negou que o aplicativo tenha sido alvo de hackers, ao contrário do que dizem os investigadores. A empresa aponta duas possibilidades para a invasão de celulares: que as contas de Moro ou dos procuradores poderiam não estar bem protegidas que houve invasão do próprio telefone celular, e não do Telegram.

Esclarecimentos ao Congresso

Diante da repercussão do caso das mensagens sobre a Lava-Jato, a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara aprovou nesta quarta-feira convite para Sérgio Moro comparecer a uma audiência no colegiado para prestar esclarecimentos sobre o episódio. Como se trata de convite, e não convocação, o ministro não é obrigado a comparecer ao parlamento.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) havia apresentado à comissão um requerimento de convocação de Moro, que obrigaria o ministro a comparecer, sob risco de cometer crime de responsabilidade. No entanto, um acordo entre os parlamentares convocou o pedido de convocação em convite.

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