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Brasil A Polícia Federal abriu inquérito sobre o vídeo de um coronel que chamou de “incompetente” e “corrupta” a presidente do Tribunal Superior eleitoral

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Investigação foi confirmada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou nessa quarta-feira que a PF (Polícia Federal) instaurou inquérito para investigar as ameaças feitas à presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber, pelo coronel da reserva do Exército Carlos Alves. Em um vídeo, ele a chamou a magistrada de “salafrária”, “corrupta” e “incompetente”.

Depois de a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) pedir a apuração do caso, na terça-feira a PGR (Procuradoria-Geral da República) havia solicitado a medida à PF. De acordo com Jungmann, já são quatro inquéritos abertos sobre ameaças feitas à presidente do TSE. Em entrevista a jornalistas, o titular da Segurança Pública também comentou que a PF já abriu, desde o início do processo eleitoral, mais de 2007 inquéritos.

No mesmo dia, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, também tinha solicitado ao MPM (Ministério Público Militar) que investigasse o vídeo do ex-coronel.

Bolsonaro

Na gravação, Alves diz, em tom ameaçador: “Olha aqui, Rosa Weber, não te atreve a ousar aceitar essa afronta contra o povo brasileiro, essa prova indecente do PT de querer tirar [o candidado do PSL à Presidência da República] Jair Bolsonaro do pleito eleitoral, acusando-o de desonestidade, de ser cúmplice numa campanha criminosa fraudulenta com o WhatsApp para promover notícias falsas”.

O autor do vídeo ainda chamou os integrantes do Supremo Tribunal Federal de “canalhas” e “vagabundos”. Em seguida, diz que não aceitará outro resultado no pleito deste domingo que não seja a vitória de Bolsonaro.

Reação

Ainda na terça-feira, o ministro Celso de Mello, decano do STF, reagiu enfaticamente ao vídeo contra a sua colega Rosa Weber. “Imundo e abjeto”, disse o magistrado durante sessão da Segunda Turma da Corte.

“Circulou, na Internet, um vídeo com criminosas ofensas morais à honra, à dignidade, à alta respeitabilidade e à integridade pessoal e ilibada reputação da eminente Ministra Rosa Weber, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, juíza deste Supremo Tribunal Federal e magistrada de irrepreensível conduta profissional!”, frisou.

“O discurso imundo, sórdido e repugnante do agente que ofendeu a honra da ministra Rosa Weber, uma mulher digna e magistrada de honorabilidade inatacável, que exerce, como sempre exerceu, a função judicial com talento e isenção, de modo sóbrio e competente, exteriorizou-se mediante linguagem profundamente insultuosa, desqualificada por palavras superlativamente grosseiras e boçais, próprias de quem possui reduzidíssimo e tosco universo vocabular, indignas de quem diz ser Oficial das Forças Armadas, Instituições permanentes que se posicionam acima das paixões irracionais que cegam aqueles que, a pretexto de exercerem a liberdade de palavra, resvalam para o plano subalterno da prática abusiva e criminosa da calúnia, da difamação e da injúria”, prosseguiu.

“O primarismo vociferante desse ofensor da honra alheia faz-me lembrar daqueles personagens patéticos que, privados da capacidade de pensar com inteligência, optam por manifestar ódio visceral e demonstrar intolerância radical contra os que consideram seus inimigos, expressando, na anomalia dessa conduta, a incapacidade de conviver em harmonia e com respeito pela alteridade no seio de uma sociedade fundada em bases democráticas”, condenou.

“Quero estender, bem por isso, a minha pessoal e irrestrita solidariedade à eminente e honrada Ministra Rosa Weber, magistrada de valor, brilho e seriedade incomparáveis cujo inconspurcável patrimônio moral tem o integral respeito de todos os seus colegas deste Supremo Tribunal Federal e da comunidade jurídica em geral, pois os injustos e criminosos ataques à sua honra ilibada representam um ultraje inaceitável a esta Suprema Corte, à ordem democrática e ao Poder Judiciário do Brasil!”, finalizou o mais antigo ministro do STF.

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