Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2020
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12), a Operação Pedro II, que buscava recuperar obras de arte e peças históricas furtadas ou roubadas de instituições públicas brasileiras na década de 2000. Os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na Zona Sul e no Centro do Rio de Janeiro, contra um dos receptores da quadrilha.
Segundo a PF, a operação leva o nome do imperador porque ele era considerado patrono das artes no País.
Os criminosos subtraíram as peças principalmente de instituições do Rio de Janeiro e de São Paulo, e, entre o que foi roubado ou furtado, estão livros raros, periódicos e fotografias.
Os ladrões atendiam a pedidos de colecionadores e comerciantes de artes, que atuavam como receptadores e traficantes de obras. Os materiais roubados eram colocadas à venda em leilões do Brasil e do exterior.
A polícia recuperou cerca de R$ 1 milhão em obras de arte roubadas somente no último ano, em leilões e em coleções de instituições privadas brasileiras.
Operação no Maranhão
A Polícia Federal também deflagrou, no Estado do Maranhão, a Operação Eleazar na manhã desta quarta para cumprir 12 mandados distribuídos entre prisão, busca e apreensão, afastamento de função e bloqueio de contas bancárias nos municípios de Zé Doca, Nova Olinda do Maranhão e São Luís. O objetivo era desarticular organização criminosa que realizava saques fraudulentos de precatórios em diversas regiões do Estado.
Segundo a PF, a investigação teve origem em uma tentativa de saque ocorrida no município de Capivari de Baixo, em Santa Catarina, tendo sido obtidas, através de cooperação com a Caixa Econômica Federal (CEF), informações sobre fraudes similares em diversas agências do banco.
Durante a investigação foram obtidos fortes indícios de que a organização criminosa se aproximava de advogados através de aplicativo de mensagens, com a finalidade de que realizassem os levantamentos dos precatórios utilizando-se de documentos ideologicamente falsos, obtidos principalmente em cartórios do Maranhão e Piauí.
Após os saques indevidos, os criminosos faziam sucessivas movimentações financeiras dos valores em contas de terceiros, para afastar a origem ilícita dos recursos e dificultar a identificação dos verdadeiros beneficiados com as fraudes.
Além do Maranhão e Piauí, os Estados do Pará e São Paulo também estão sendo investigados pelos policiais federais. Os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de organização criminosa, estelionato majorado, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro.