Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2018
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira (13) um mandado de busca e apreensão na casa de um homem que teria feito postagens incitando a morte de Jair Bolsonaro quando o presidente eleito ainda era candidato.
Agentes estiveram num prédio no Maracanã, Zona Norte do Rio de Janeiro, e deixaram o local com um malote.
De acordo com a PF, o investigado é um homem de 23 anos que teria também xingado o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão.
O objetivo da operação é identificar outras pessoas que possam ter incitado a subversão da ordem política. A pena prevista na Lei de Segurança Nacional é de reclusão de 1 a 4 anos.
Outras ameaças
A Polícia Federal descobriu ainda em setembro deste ano que o homem que praticou o atentado a faca contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), Adélio Bispo de Oliveira, ameaçou de morte o candidato cinco antes por meio de uma postagem em uma rede social.
Na mensagem de 1º de setembro localizada pela PF em uma página dedicada a Bolsonaro, Oliveira “manifestou seu desapreço pelo candidato, rotulando-o de ‘Marionete do Capitalismo’ e ‘Bonequinha de Woshiton [Washington]”, segundo o relatório final da PF. Oliveira escreveu: “Espero que esta sua valentia realmente exista o dia em que me vê”. De acordo com a PF, Oliveira terminou a postagem dizendo “que o candidato merecia um tiro na cabeça”.
A PF também apontou que Oliveira tentou, meses antes, adquirir uma arma de fogo mas desistiu por causa de “dificuldades” previstas na atual legislação brasileira de controle de armas.
Segurança para a posse
O futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, já discute com a atual equipe da pasta o esquema de proteção do presidente eleito Jair Bolsonaro durante a cerimônia de posse, em 1º de janeiro.
Nos bastidores, integrantes do GSI também já avaliam a necessidade de reforçar a segurança da família de Bolsonaro.
Ainda não está definido se Bolsonaro desfilará em carro aberto ou em um veículo fechado e blindado.
Se o veículo for aberto, é provável que Bolsonaro use um coleta à prova de balas. A decisão será do presidente eleito, mas integrantes do GSI avaliam que não há como evitar exposição, mesmo que Bolsonaro opte pelo carro fechado.
Há dois locais considerados sensíveis e incontornáveis: as rampas do Congresso e do Palácio do Planalto. O cerimonial envolve a subida de ambas, que são amplamente expostas ao público.
Exames em São Paulo
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), passou por exames no hospital Albert Einstein na manhã desta quinta-feira (13), como parte da preparação para a cirurgia a que deve ser submetido no início de 2019 para a retirada de uma bolsa de colostomia.
O presidente eleito pretende fazer a cirurgia em janeiro de 2019, após o Fórum Econômico de Davos, mas a decisão final será de seus médicos.
Bolsonaro carrega a bolsa desde setembro, quando sofreu um atentado que comprometeu seu intestino. O presidente eleito será examinado pela mesma equipe que vem o acompanhando desde então.
A assessoria do hospital não quis dar detalhes sobre a consulta e os exames. Não há previsão de divulgar boletim médico.
A presença da imprensa despertou a atenção de alguns pacientes do hospital que também se posicionaram estrategicamente na entrada do prédio. No entanto, Bolsonaro entrou em portaria alternativa, sob escolta.
A cirurgia de retirada da bolsa havia sido agendada originalmente para o dia 12 de dezembro, entretanto uma inflamação impediu o procedimento.