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Política A Polícia Federal investiga uma conta na Espanha atribuída ao ex-ministro José Dirceu

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A PF informou ao juiz Sérgio Moro sobre a abertura do inquérito sobre supostas propinas na Espanha em benefício de Dirceu citada pelo ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal abriu novo inquérito para investigar o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula). A PF informou ao juiz Sérgio Moro sobre a abertura do inquérito sobre supostas propinas na Espanha em benefício de Dirceu citada pelo ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada.

De acordo com o ofício, por ordem do delegado Christian Robert Wurster, foi instaurado o ‘inquérito nº 0752/2018-4 – SR/PF/PR para apurar possível ocorrência do delito’ de lavagem de dinheiro, ‘além de todas as demais circunstâncias, porquanto Gérson de Mello Almada, teria pago valores decorrentes da Petrobras a José Dirceu, por intermédio de uma ‘conta-corrente’ mantida com a Engevix e Milton Pascowitch’.

Em depoimento prestado em julho de 2017, com sigilo levantado em 1.º de dezembro, Almada disse saber de uma suposta conta em Madri, administrada pelo lobista Milton Pascowitch, abastecida por propinas de contratos da Petrobrás.

Os beneficiários da conta seriam o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). O depoimento do empreiteiro foi anexado à denúncia do Ministério Público Federal sobre propinas de R$ 2,4 milhões das empreiteiras Engevix e UTC para Dirceu (Casa Civil – Governo Lula).

Leilão de casa

Apenas um dos três imóveis leiloados do ex-ministro José Dirceu foi arrematado nessa segunda-feira. Trata-se de uma casa no bairro da Saúde, Zona Sul de São Paulo, adquirida por um comprador de nome ainda não revelado e identificado apenas como “Jorge 1960”.

Os bens de Dirceu foram a leilão por determinação do juiz federal Sérgio Moro, como parte das sanções impostas ao ex-ministro na Operação Lava-Jato. A casa tem área de 200 metros quadrados e foi arrematada por R$ 465,1 mil, pouco mais da metade do valor de avaliação, de R$ 750 mil. A comissão do imóvel ao leiloeiro é de R$ 23 mil.

De acordo com o Canal Judicial, promotor do leilão, “o imóvel atualmente encontra-se desocupado” e com “débitos pendentes de pagamento junto à Sabesp, referentes ao fornecimento de água, no valor de R$ 581,88”. Também informa que “R$ 493,90, referentes ao fornecimento de energia elétrica, estão pendentes de pagamento junto à Eletropaulo, totalizando R$ 1.075,78 atualizados até março de 2018, que serão de responsabilidade do arrematante”.

O comprador se registrou no site de leilões como “Jorge1960” e informou ser de São Bernardo do Campo. Ele saiu vencedor dentre 19 lances, em segunda praça realizada nesta segunda (16).

Não foram vendidos os seguintes imóveis que também estão em leilão: a chácara de Dirceu, situada em Vinhedo (SP), com 2,3 mil metros quadrados e estimada em R$ 900 mil; e a sede da empresa JD Assessoria, com 501 metros quadrados de área e avaliada em R$ 3 milhões.

O petista foi preso em agosto de 2015 na Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava-Jato. O ex-ministro ganhou liberdade em maio de 2017, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Dirceu foi condenado por Moro, em duas ações penais, a 32 anos e 1 mês de prisão (20 anos e 10 meses em um processo e 11 anos e 3 meses em outro).

Em setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) julgou a primeira ação que condenou Dirceu e aumentou a pena de 20 anos e 10 meses para 30 anos, 9 meses e 10 dias por corrupção passiva, pertinência a organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Após todos os recursos ao TRF-4, Dirceu foi preso no dia 17 de maio. Ele foi solto no dia 26 de junho, após decisão da 2ª Turma do STF.

A iniciativa para conceder liberdade provisória a Dirceu foi do relator do caso, ministro Dias Toffoli, acompanhado dos magistrados Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ficou vencido o relator da Lava-Jato, Edson Fachin. O decano, Celso de Mello, não estava presente na sessão.

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