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Brasil A Polícia Federal repreendeu o delegado que defendeu as prisões de Michel Temer, Aécio Neves e Geraldo Alckmin

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Fornazari tem no currículo investigações contra o PSDB paulista. (Foto: Reprodução)

Em nota divulgada nessa segunda-feira, a direção da PF (Polícia Federal) desautorizou o delegado Milton Fornazari Jr., que na noite de sábado, logo após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, havia postado em sua página no Facebook uma mensagem defendendo a necessidade de que a mesma medida seja adotada contra outros líderes políticos do País.

“Agora é hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio etc)”, escreveu ele na ocasião.

No comunicado distribuído nessa segunda-feira, a PF salientou que “as declarações proferidas são de cunho exclusivamente pessoal e contrariam o normativo interno referente a manifestações em nome da instituição”. A corporação também anunciou medidas administrativo-disciplinares em relação ao caso.

A mensagem de Fornazari foi postada pouco depois da decolagem do avião da PF com Lula rumo a Curitiba (PR), a terra da Operação Lava-Jato, para cumprir a pena de 12 anos e um mês de reclusão no processo em que foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro do triplex do Guarujá (SP).

“Lula preso. Objetivamente recebeu bens, valores, favores e doações para seu partido indevidamente por empresas que se beneficiaram da corrupção em seu governo”, escreveu o delegado. “Por isso merece a prisão.”

Em seguida, ele concluiu a sua manifestação afirmando que se as investigações futuras chegarem aos outros líderes que ele elencou, “teremos realmente evoluído muito como civilização”. “Se não acontecer e só Lula ficar preso, infelizmente, tudo poderá entrar para a história como uma perseguição política.”

Tucanos

Experiente, Fornazari tem em seu currículo a investigação sobre o “cartel do metrô” e outras fraudes no sistema metroferroviário de São Paulo em governos do PSDB. Ele também foi responsável pelo inquérito que apurou supostos desvios de recursos nas obras bilionárias do Rodoanel paulistano e é especialista em cooperação internacional para identificação de lavagem de dinheiro e ocultação de valores.

O post de Fornazari contrariou a cúpula da Polícia Federal: “O mencionado servidor não faz parte do corpo diretivo da PF em São Paulo e tampouco é porta-voz desta instituição, que jamais se manifesta oficialmente por meio de perfis pessoais de seus servidores”.

A nota da PF frisou, ainda, que ‘reitera seu compromisso, como polícia republicana, de trabalhar de forma isenta, discreta e apartidária, nos estritos limites da lei”.

A íntegra do comunicado

1) O delegado de Polícia Federal Milton Fornazari Jr. não é responsável pela Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo, tendo exercido a chefia da delegacia de 26/10/2015 a 02/11/2016.

2) O mencionado servidor não faz parte do corpo diretivo da PF em São Paulo e tampouco é porta voz desta instituição.

3) A Polícia Federal jamais se manifesta oficialmente por meio de perfis pessoais de seus servidores.

4) As declarações proferidas são de cunho exclusivamente pessoal, e contrariam o normativo interno referente a manifestações em nome da instituição, razão pela qual serão tomadas as medidas administrativo-disciplinares em relação ao caso concreto.

5) A PF reitera seu compromisso, como polícia republicana, de trabalhar de forma isenta, discreta e apartidária, nos estritos limites da lei.

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