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Brasil A Polícia Federal vai investigar os últimos dois anos da vida do homem que esfaqueou Bolsonaro

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Adélio Bispo está preso desde o dia do crime, em setembro. (Foto: Reprodução)

A PF (Polícia Federal) instaurou um novo inquérito para dar continuidade à investigação sobre o ataque a faca de Adelio Bispo ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). O primeiro será encerrado até o fim-de-semana por causa do prazo mais curto pelo fato do agressor estar preso. Na Justiça Federal, investigações com réu preso podem durar no máximo 30 dias.

Após ouvir mais de 30 pessoas, quebrar os sigilos financeiro, telefônico e telemático do desempregado de 40 anos, o delegado federal Rodrigo Morais e sua equipe não encontraram nenhum indício de que o autor da facada tenha agido a mando de outra pessoa ou grupo. Ele também teria agido sozinho, sem ajuda de terceiros.

O segundo inquérito vai herdar do primeiro todas as informações colhidas. Além das quebras de sigilo e depoimentos, a PF vai analisar todo o sistema de câmeras de vigilância da cidade de Juiz de Fora (MG), onde o incidente ocorreu no dia 6 deste mês. A ideia é traçar todos deslocamentos de Bispo desde a sua chegada na cidade mineira.

O objetivo da nova apuração, segundo relatou um investigador, é fazer uma devassa nos últimos dois anos da vida de Bispo e mapear qualquer relação dele com outras pessoas que possam indicar a participação de mais pessoas no ataque.

Embora vá se debruçar sobre todas as informações coletadas novamente nessa segunda investigação, a PF já descartou varias das hipóteses levantadas, principalmente, por apoiadores de Bolsonaro.

Todas pessoas indicadas por seguidores do candidato nas redes sociais como sendo “ajudantes” de Bispo foram investigadas e não foram encontradas indícios mínimos de participação na ação. Dentre essas pessoas, como revelou o Estado, foram ouvidas três mulheres com o nome Aryanne Campos.

De acordo com apoiadores de Bolsonaro, uma mulher com esse nome teria passado a faca para Bispo. Essa versão, no entanto, foi completamente descartada na investigação.

Arma

A faca utilizada passou por uma perícia que encontrou DNA de Bolsonaro na lâmina, o que prova que ela foi utilizada no crime. Os investigadores atribuíram a escolha desse tipo de arma pelo agressor ao fato de ele ter trabalhado como açougueiro e em uma restaurante de comida japonesa.

A PF também esmiuçou todas as transações financeiras de Bispo. Não foi encontrado nenhuma movimentação suspeita. O único depósito em espécie anormal teve origem em uma causa trabalhista. O cartão internacional que ele tinha nunca havia sido utilizado e foi enviado pelo banco sem a solicitação de Bispo.

Os equipamentos eletrônicos – celulares e notebook – também foram analisados. Dois dos quatro celulares estavam desativados e os outros não continham, pela apuração feita até agora, informações sobre contato com outras pessoas para a prática do crime. O notebook encontrado com ele estava quebrado e não era utilizado há cerca de um ano.

Crime

Bispo será enquadrado pela PF no artigo 20 da LSN (Lei de Segurança Nacional). Esse artigo prevê a punição para quem cometer “atentado pessoal” por “inconformismo político”. Segundo a investigação federal, foram as divergências políticas entre Bispo e Bolsonaro que levaram o ex-açougueiro a atacar o candidato.

 

 

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