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Brasil A polícia vai investigar ligação do PCC com ocupações em São Paulo

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Bombeiros trabalham na busca pelos desaparecidos. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A polícia de São Paulo vai investigar movimentos de moradia que cobram aluguel de sem-teto em ocupações. Equipes que atuam no combate ao crime organizado dizem ter indícios de que o PCC (Primeiro Comando da Capital) usa algumas dessas ocupações como fachada para esconder drogas, armas e traficantes. Moradores do prédio que desabou no Largo do Paissandu na terça-feira (1º) relataram que pagavam até R$ 400 por mês para o MLSM (Movimento da Luta Social por Moradia), responsável pela ocupação que pegou fogo e ruiu.

Na quinta-feira (3), os investigadores concluíram que o incêndio começou por causa de um curto-circuito em uma tomada usada por uma família que vivia no quinto andar. Embora digam que o MLSM ainda não foi alvo de inquérito, policiais que apuram ações do crime organizado veem semelhanças entre a atuação deste grupo e o antigo MSTS (Movimento Sem Teto de São Paulo), que liderou a ocupação do Cine Marrocos. Em 2016, o Denarc (Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico) encontrou fuzis, carabinas e drogas escondidos num poço de elevador do edifício invadido.

Segundo a investigação, o MSTS servia como fachada para o PCC. A facção usava o prédio como uma espécie de quartel-general e se aproveitava dos sem-teto para manter a polícia distante. Policiais demoraram cerca de cinco meses para entrar no edifício, com receio de que o confronto acabasse envolvendo moradores que não tinham ligação com o tráfico.

O MSTS faturava mais de R$ 60 mil por mês com aluguel cobrado dos ocupantes de três invasões que tinha no Centro, segundo estimativa da polícia, e ainda ganhava com cobrança de taxas de adesão, luz e água. Até o caminhão que fazia a mudança das famílias pertencia aos traficantes.

A operação levou à condenação de 28 pessoas, acusadas de envolvimento no esquema, entre elas o líder do movimento, Wladimir Ribeiro Brito, apontado como chefe da facção no Centro de São Paulo. A suspeita da polícia é que, como o MSTS foi desmontado e o déficit habitacional continua alto, outras ocupações possam estar sendo comandadas pela facção paulista.

Em outra investigação, que apura a causa do incêndio que derrubou o edifício Wilton Paes de Almeida, a polícia concluiu que um curto-circuito provocou a tragédia e negou que as chamas tenham começado após uma briga de casal. Os policiais fizeram essa afirmação após ouvir depoimentos de Walquíria Camargo do Nascimento, moradora do andar onde o fogo começou.

O marido dela, Pedro Lucas Ribeiro, e uma das filhas do casal, Maria Cecilia, estão internados. A mulher contou que acordou com o barulho do curto-circuito em uma tomada onde estavam ligados um micro-ondas, uma TV e uma geladeira.

No terceiro dia de buscas por vítimas da tragédia, os bombeiros começaram na quinta-feira a usar equipamentos pesados para limpar os destroços. Oficialmente, para os bombeiros, há quatro desaparecidos que podem estar sob os escombros: Ricardo Amorim, o Tatuagem, que era resgatado no momento em que a construção veio abaixo, Selma Almeida da Silva e os dois filhos gêmeos dela.

Recentemente, mais três famílias comunicaram que não conseguem falar, desde terça-feira, com parentes que viviam na ocupação. Zenaide Melo Souza, de 38 anos, por exemplo, procura informações do ex-marido, o confeiteiro Francisco Lemos Dantas, de 56 anos, o Nilson. Segundo ela, Nilson não atende o celular desde o dia do desabamento.

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https://www.osul.com.br/a-policia-vai-investigar-ligacao-do-pcc-com-ocupacoes-em-sao-paulo/ A polícia vai investigar ligação do PCC com ocupações em São Paulo 2018-05-04
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