Esporte A possibilidade de mais títulos no Grêmio e o momento conturbado no Flamengo fizeram Renato ficar em Porto Alegre
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2018
Um dia após conquistar o seu primeiro Campeonato Gaúcho como técnico e de anunciar publicamente que permanece no Grêmio apesar das propostas financeiramente vantajosas do Flamengo, Renato Portaluppi passou o segunda-feira de folga no Rio de Janeiro. Ao lado da filha, Carol Portaluppi, o comandante tricolor aproveitou a tarde para curtir a praia no bairro de Ipanema, na Zona Sul da Cidade Maravilhosa.
“Todo mundo sabe do meu sonho de treinar o Flamengo, mas hoje eu fico no Grêmio”, ressaltou em voz alta, em seu pronunciamento após a vitória de 3 a 0 sobre o Brasil de Pelotas, resultado que confirmou o favoritismo do Mosqueteiro na finalíssima e reconduziu o clube levantar novamente uma taça após oito anos de jejum. “Quem sabe em outra oportunidade.”
Segundo fontes ligadas às tratativas dos últimos dias, Renato foi desaconselhado por pessoas próximas a aceitar o convite do rubronegro, onde atuou como ponta-direita por três oportunidades (1987-88, 1989-90 e 1997-98). Dentre os motivos para a recusa estariam o momento político conturbado na Gávea e o foco na disputa gremista da Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores.
Outros que acompanharam os passos do “assédio” flamenguista sugerem que Renato chegou a pedir cerca de R$ 1 milhão de salário no novo clube (que nunca treinou). O clube carioca, por sua vez, teria cogitado a hipótese de aceitar a proposta, mas o negócio “melou” com a formalização da negativa do treinador.
Direção
Em meio às comemorações pelo Gauchão em Pelotas, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., confirmou a negociação entre Renato e o Flamengo, mas fez as ressalvas. “Ele fez a tratativa não poderia fechar portas assim, pois tem um projeto no clube e preferiu manter essa situação”, frisou.
“Caso ele saísse, seria legítimo e normal, ele sairia como campeão nos braços da nossa torcida”, acrescentou. “Só tenho que agradecer ao Renato pela capacidade de discernimento.”
