Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2018
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decretou na sexta-feira (25) estado de emergência por causa do abastecimento prejudicado pelos protestos de caminhoneiros.
Com o decreto, a cidade pode apreender combustível estocado de postos privados, por exemplo, e fazer compras sem licitação. Também permite realizar gastos sem depender de empenho orçamentário.
“Não é uma situação corriqueira. Não se trata de um problema menor. Amanhã talvez tenha problema no serviço funerário”, disse Covas.
“O prefeito determinou também a criação de um comitê de crise que vai avaliar e tomar as medidas necessárias. Caso continue a situação de desabastecimento provocado pelas manifestações, pode haver decretação de feriado municipal. O estado de emergência pode evoluir para estado de calamidade pública”, diz a nota.
“Dentre as medidas a serem adotadas estão a suspensão de serviços administrativos não essenciais com vistas à economia de combustível. O prefeito determinou também a criação de um comitê de crise que vai avaliar e tomar as medidas necessárias. Caso continue a situação de desabastecimento provocado pelas manifestações, pode haver decretação de feriado municipal. O estado de emergência pode evoluir para estado de calamidade pública”, diz o texto.
O comitê será presidido pelo prefeito e será composto pelos secretários de Justiça, Governo, Comunicação, Fazenda, Segurança Urbana, Procurador Geral do Município.
“A Prefeitura, com o auxílio da Polícia Militar, continua empenhada em fazer valer a liminar obtida na quinta-feira, que obriga os grevistas a suspender atos que impeçam o abastecimento de combustível para os serviços essenciais”.
“[O estado de emergência] possibilita a gente não ter que respeitar alguns prazos para a troca de equipamento. “Podemos decretar ponto facultativo ou até feriado municipal pra poder diminuir a circulação de pessoas na cidade”, disse Covas.
“Desde ontem [quinta] nós conseguimos uma liminar que permite inclusive a gente requisitar força policial pra gente poder trazer combustível para cidade de São Paulo”, completou.
Bloqueios
A cidade de São Paulo e a região metropolitana viveram na sexta mais um dia de bloqueios em rodovias, filas em postos de gasolina, redução em frotas de ônibus, suspensão da coleta de lixo e manifestações, como carreatas de vans escolares.
Os bloqueios na Régis Bittencourt entraram no quinto dia e causaram congestionamento. Manifestações de motoristas de vans escolares também aconteceram em vários pontos da capital paulista e em Guarulhos.
Na cidade de São Paulo, apenas 58% da frota de ônibus municipais da capital circulou, segundo a SPTrans, por causa da falta de combustível. A companhia autorizou as empresas que operam o serviço a colocar apenas 40% da frota nos horários de entrepico.