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Presidente do México sofre assédio sexual durante evento na capital do país

A presidente relatou que só percebeu a gravidade do ocorrido após assistir às imagens do momento. (Foto: Reprodução)

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sofreu na terça-feira (4) um assédio sexual na rua, quando um indivíduo tentou beijá-la enquanto ela caminhava e cumprimentava simpatizantes no centro da capital do país. O incidente aconteceu quando a presidente seguia para um evento público perto do palácio presidencial. Ela cumprimentava e tirava fotos com várias pessoas.

O homem se aproximou de Sheinbaum, a abraçou pelo ombro da presidente por trás, tocou sua cintura, enquanto fazia menção de apalpar seus seios e beijá-la no pescoço.

Somente nesse momento, um segurança apareceu e afastou o homem, que aparentava estar sob efeito de drogas ou embriagado. Apesar da investida, Sheinbaum tratou o indivíduo com gentileza e aceitou tirar uma foto com ele, dando um tapinha nas costas do homem, antes de prosseguir com sua caminhada, afirmou o periódico Diario Expreso.

Nessa quarta-feira (5), Claudia Sheinbaum apresentou uma queixa formal contra o homem que a assediou. Em entrevista coletiva , Ela afirmou que decidiu denunciar o caso “como mulher, não apenas como presidente”, destacando o simbolismo do gesto em defesa de outras vítimas.

“Decidi apresentar queixa porque isso é algo que todas as mulheres do nosso país vivenciam. Se fazem isso com a presidente, o que acontecerá com todas as outras mulheres?”, declarou, de acordo com o jornal espanhol El País.

A presidente confirmou que o agressor – que estava embriagado – foi detido pelas autoridades locais. Ela classificou o episódio como um crime e reforçou que ninguém deve ter seu espaço pessoal violado. Identificado como Uriel Rivera, ele foi detido e colocado à disposição da Promotoria que investiga crimes sexuais.

Sheinbaum anunciou também que, junto à secretária de Assuntos da Mulher, Citlalli Hernández, pretende revisar as legislações estaduais para que o assédio de rua seja criminalizado em todo o país. Na capital, esse tipo de conduta pode resultar em até quatro anos de prisão, além de multa e ordens de restrição.

A presidente relatou que só percebeu a gravidade do ocorrido após assistir às imagens do momento. “Não percebi imediatamente. Só depois de ver os vídeos é que me dei conta do que realmente aconteceu”, afirmou.

Sheinbaum, que assumiu a presidência em 2024 como a primeira mulher a liderar o México, disse ter decidido caminhar até o evento oficial por questão de tempo: “Fui a pé porque era mais curto. Estávamos atrasadas, e de carro levaríamos 20 minutos a mais”, explicou. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

 

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