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Brasil Ex-diretor da Petrobras preso ontem movimentou mais de 11 milhões de euros no exterior

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O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada foi detido no Rio de Janeiro, em sua residência, pela 15 fase da Operação Lava-Jato (Conexão Mônaco), da Polícia Federal. Depois, foi encaminhado para a carceragem da superintendência da PF em Curitiba (PR). (Paulo Lisboa/Folha Imagem)

A PF (Polícia Federal) deflagrou a 15 fase da Operação Lava-Jato na manhã dessa quinta-feira no Rio de Janeiro e em Niterói. Foi preso o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada. Ele foi detido no Rio de Janeiro, em casa, de acordo com a polícia.

Ao todo, a PF cumpriu cinco mandados judiciais, sendo quatro de busca e apreensão e um de prisão preventiva (sem prazo).

O foco desta fase, que foi batizada de Conexão Mônaco, é o recebimento de vantagens ilícitas na diretoria da Petrobras. Os crimes investigados são corrupção, fraude em licitações, desvio de verbas públicas, evasão de divisas (envio ilegal de recursos ao exterior) e lavagem de dinheiro, segundo a PF.

Zelada foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores do caso, como beneficiário do esquema de corrupção na estatal. Outro delator, Pedro Barusco, o ex-gerente de Serviços da estatal, também mencionou Zelada ao explicitar a mediação de Renato Duque, que atuava na diretoria de Serviços, no esquema de pagamento de propina.

Duque está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e Costa cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro.

Zelada foi o sucessor de Nestor Cerveró e atuou na Área Internacional da Petrobras de 2008 a 2012. Acusado de receber propina, Cerveró também está preso no Complexo Médico-Penal.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal) e a PF, Zelada fez transferências bancárias para a China e para Mônaco. Foram 11 milhões de euros para Mônaco e mais 1 milhão de dólares para a China. O dinheiro em Mônaco já estava bloqueado desde março deste ano. A defesa do ex-diretor da estatal já havia negado que ele mantinha ou tenha mantido conta no exterior.

Curitiba

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, após ser preso, foi encaminhado para a carceragem da PF, em Curitiba, ainda na tarde dessa quinta-feira. Ao chegar no aeroporto, ele foi levado ao IML (Instituto Médico-Legal) para fazer o exame de corpo de delito, procedimento de praxe sempre que alguém é preso pela polícia. Depois, Zelada seguiu para a superintendência da PF. A prisão dele é preventiva, ou seja, sem prazo determinado.

Esquema de corrupção

O ex-diretor é suspeito de envolvimento no esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras. Segundo o MPF, ele atuou no esquema desde quando estava na gerência da empresa, quanto na diretoria da área internacional.

De acordo com as investigações, um saldo milionário em contas no exterior, auditorias internas na estatal e depoimentos de outros suspeitos que firmaram acordo de delação premiada são provas do envolvimento de Zelada no esquema criminoso.

O MPF diz que ele tinha salário mensal na Petrobras de 100 mil reais.

Depois do início da Operação Lava-Jato, Zelada efetuou transferências para contas bancárias no exterior. Entre julho e agosto do ano passado, foram 7 milhões de euros provenientes de contas em Mônaco, afirmou o MPF. “Indica continuidade de crime de lavagem e tentativa de proteção desses valores para impedir que a Justiça alcance”, salientou o procurador Carlos Fernando dos Santos.

De acordo com o despacho do juiz Sérgio Moro, que autorizou a prisão de Zelada, ainda não existem informações seguras sobre o montante recebido pelo suspeito no esquema investigado.

O MPF não exclui a possibilidade de existirem mais contas no exterior em nome de Zelada. Também há suspeitas de que ele possua um sócio do Brasil que o ajuda a ocultar ativos.

Defesa

Em comunicado, o advogado Eduardo de Moraes, responsável pela defesa de Zelada, disse que o ex-diretor sempre esteve à disposição das autoridades públicas e que sua liberdade não representa risco à invstigação ou à ordem pública. “Assim que tiver conhecimento do conteúdo da decisão, a defesa de Zelada adotará as medidas cabíveis para o restabelecimento da legalidade, que significa a restituição da sua liberdade”, disse um trecho da nota. (AG)

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https://www.osul.com.br/a-prisao-de-mais-um-ex-diretor-da-petrobras/ Ex-diretor da Petrobras preso ontem movimentou mais de 11 milhões de euros no exterior 2015-07-03
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