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Brasil A prisão do ex-presidente do PSDB aumenta o fardo da candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República e enterra o discurso de que o PSDB é diferente dos outros partidos

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A candidatura de Alckmin vai se tornando, pouco a pouco, uma enorme vidraça. (Foto: Alan Santos/PR)

O fardo do PSDB vai ficando cada dia mais pesado para a eleição deste ano. A decisão da Justiça mineira de mandar para a prisão nesta terça-feira (22) o primeiro tucano ilustre ligado a um escândalo de corrupção veio adicionar mais alguns quilos sobre os ombros do partido e, principalmente, de seu presidenciável Geraldo Alckmin. Para quem já não anda bem das pernas, o iminente encarceramento de Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, é um golpe e tanto.

O caso de Azeredo enterra qualquer estratégia do PSDB de tentar se vender nesta eleição como um partido diferente dos demais. Se antes desta terça pesquisas internas já vinham apontando que o PSDB se fragiliza junto ao eleitorado a cada citação em investigações da Operação Lava-Jato, imagina depois que imagens da prisão de Azeredo começarem a circular nas redes sociais.

Muitos podem se perguntar o que é um pingo d’água para quem já está molhado? Afinal já houve o episódio envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), flagrado em uma conversa com o empresário Joesley Batista pedindo R$ 2 milhões. Depois veio o impasse do PSDB sobre ficar ou deixar o governo Temer, o que tatuou no partido a imagem de fisiológico. Isso sem falar na Lava-Jato, onde tucanos graúdos como Aécio e o senador José Serra, além do próprio Alckmin, pipocam com frequência no noticiário citados em depoimentos de delatores por recebimento de dinheiro de empreiteiras.

Mas não se trata de mais uma denúncia a atingir o PSDB. É a prisão de um tucano ilustre. E, como gostam de pregar os marqueteiros, uma imagem vale mais do que mil discursos numa campanha eleitoral. Por essas e outras, a candidatura de Alckmin vai se tornando, pouco a pouco, uma enorme vidraça. Não há dúvida na campanha do tucano de que o episódio Azeredo será explorado pelos adversários na eleição.

Como antídoto, Alckmin vai dizer que o colega de partido está afastado da sigla há quase uma década e que, diferentemente do PT, o PSDB aceita a decisão da Justiça e acredita que a lei é para todos. Como salvo-conduto à sua candidatura, o presidenciável tucano também prega que o eleitor votará em candidatos e não em partidos.

Pode até ser verdade. Mas também é certo que os planos do tucano para a eleição não estão saindo conforme o planejado. Seu principal capital político — a imagem de austero e honesto — perde valor a cada menção dele ou de parentes na Lava-Jato, dizem pesquisas internas. Não foi à toa que Alckmin deu esta semana uma das declarações mais ousadas que já fez quando foco de denúncias na Lava-Jato.

“Pode haver alguém tão íntegro como eu, mas mais (íntegro) não tem”, disse.

A subida de tom sinaliza que o tucano já entendeu que galgar posições na corrida presidencial não será fácil. Como em toda maratona, qualquer novo peso nessa caminhada torna a chegada ainda mais distante.

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