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Brasil A Procuradora-geral da República pediu à Lava-Jato avaliação de mensagens vazadas

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O “apoio institucional” expressado por Raquel Dodge à operação não satisfez procuradores que esperavam uma manifestação enfática em defesa dos colegas. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Na reunião chamada pela procuradora-geral, Raquel Dodge, na terça-feira (16), os integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato de Curitiba foram instados a fazer uma avaliação do teor das mensagens obtidas e divulgadas pelo The Intercept – e a dizer se têm ideia do que está por vir.

Os procuradores teriam dito que não há nada ilegal nas conversas. Ainda assim, ouviram pedido de cautela, para evitar mais exposição. O “apoio institucional” expressado por Raquel Dodge à operação não satisfez procuradores que esperavam uma manifestação enfática em defesa dos colegas. Quem a conhece viu na moderação um sinal de que teme que os vazamentos arranhem a imagem institucional do Ministério Público Federal.

Reunião

O coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, disse durante reunião de cerca de três horas com a procuradora-geral Raquel Dodge, chefe do Ministério Público Federal, que os procuradores nunca ultrapassaram a “linha ética” nas investigações sobre corrupção conduzidas em Curitiba.

A reunião, que incluiu outros procuradores, tratou dos diálogos entre Deltan, outros membros do MPF e o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública. O procurador demonstrou preocupação com o que classificou como uma tentativa de atingir o órgão e reforçou que o grupo cumpriu seu dever no combate à corrupção. “Temos tranquilidade em relação ao que fizemos. Não ultrapassamos a linha ética. Somos um grupo grande que sempre decidiu em conjunto. Sucessivas pessoas passaram por lá, a atuação era técnica e legítima”, afirmou.

Deltan, ao lado de Moro, tem sido um dos mais chamuscados pela divulgação de mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram que sugerem uma cooperação entre a acusação – representada pelos procuradores – e o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, inclusive no processo que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão.

Após o encontro, a PGR emitiu uma nota na qual afirma que “o apoio institucional, financeiro e de pessoal ao combate à corrupção e ao crime organizado, para que a força-tarefa da Lava-Jato cumpra com integridade seus objetivos, continuará, permitindo que o patrimônio público seja preservado e a honestidade dos administradores prevalecerá”.

Raquel Dodge, no entanto, ressalva que “o respeito ao contraditório e à ampla defesa devem sempre ser observados na atuação institucional, especialmente nas ações judiciais, para assegurar que o trabalho feito com qualidade e eficiência passe pelo crivo das várias instâncias judiciais e do Ministério Público e esteja apto a produzir efeitos legais válidos”.

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