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Brasil A queda de vendas para a Argentina altera os planos de montadoras brasileiras. A General Motors e a Volkswagen dispensam funcionários por causa do corte nas exportações

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O problema do momento é garantir a segurança sanitária nas linhas de produção. (Foto: Agência Brasil)

Em meio a negociações com a matriz japonesa para um novo ciclo de investimentos no País para os próximos cinco anos, a Nissan adiou planos de criar um terceiro turno de trabalho na fábrica de Resende (RJ), previsto para 2020, em razão da queda da exportação para a Argentina.

A fábrica do grupo, inaugurada em 2014, já consumiu aportes de R$ 3,34 bilhões e deve produzir este ano 125 mil veículos, ante uma capacidade de 150 mil unidades em dois turnos. “Com três turnos a capacidade iria a 200 mil unidades ao ano mas, com a queda do mercado argentino não há necessidade de ampliação”, diz o presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva.

A montadora exporta 25% de sua produção, sendo 80% para a Argentina e estuda novos mercados no Oriente Médico e na África do Sul.

Outras montadoras também estão adotando medidas em razão da crise argentina. Na quinta-feira, 16, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) disse que a General Motors dará folga aos trabalhadores da linha de montagem da S10 na segunda e na terça-feira por causa da baixa demanda da picape no país vizinho. A GM não comentou.

A Volkswagen deu férias coletivas de 20 dias para parte dos operários da fábrica de Taubaté (SP) desde segunda-feira também em razão do recuo de embarques para a Argentina. A unidade produz Gol, up! e Voyage.

Em São Bernardo do Campo (SP) a produção dos modelos Polo e Virtus será suspensa por um mês, sendo 20 dias de férias coletivas a partir de 24 de junho e uma semana de banco de horas. O principal motivo é a redução da produção voltada à Argentina, mas a empresa aproveitará para fazer adaptações para a chegada de um novo modelo.

O presidente da Nissan América Latina, Guy Rodrigues, afirma que o novo plano de investimentos será confirmado ainda este ano, apesar das previsões de crescimento menor da economia brasileira. “Nossas vendas estão crescendo, assim como nossa participação no mercado”. Para ele, com a reforma da Previdência o País deverá receber mais investimentos. Ressalta, porém, que a reforma tributária também é importante para reduzir o custo Brasil.

JAC lança quatro veículos elétricos no Brasil

Em processo de recuperação judicial que envolve dívidas de R$ 517,7 milhões, o grupo SHC, do empresário brasileiro Sergio Habib, tenta nova estratégia no País com o lançamento simultâneo, em setembro, de quatro veículos elétricos. Um automóvel compacto e um médio, uma picape e um caminhão da marca chinesa JAC, que ele representa no Brasil, vão disputar mercado ainda insignificante mas que, na visão da indústria automobilística global, será o futuro do setor.

Em 2018 foram vendidos no País apenas 176 veículos elétricos e plug-in (híbrido carregado na tomada), segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos). Neste ano, até abril, foram 86.

Habib informa que o modelo compacto iEV20 será o elétrico mais barato do mercado, com preço entre R$ 110 mil e R$ 120 mil. Hoje, o modelo mais em conta é o Renault Zoe, que custa R$ 150 mil, faixa de preço em que será oferecido o JAC iEV40.

Habib diz que a recuperação judicial não atrapalha os planos do grupo. “Entre junho e julho haverá a primeira assembleia de credores para aprovar o plano e as negociações estão se desenvolvendo bem”, afirma.

Embora o preço ainda seja alto, Habib aposta nas vantagens dos elétricos. “A manutenção custa 80% menos que um carro a combustão, não há emissões, abastecer com energia é seis vezes mais barato e as revisões custarão dez vezes menos”, diz. A picape elétrica, afirma Habib, não tem concorrentes e hoje é vendida só na China. Com o caminhão, terão empresas como foco de consumo e serão vendidos sob encomenda, assim como os automóveis. As entregas ocorrerão no próximo ano.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus testa em São Paulo, desde setembro, dois caminhões elétricos desenvolvidos pela empresa no País para a distribuição de bebidas. Distribuidores da Ambev encomendaram 1,6 mil unidades a serem entregues até 2023 e há outros interessados, afirma Roberto Cortes, presidente da empresa.

A produção começará em 2020 e Cortes deve anunciar, em breve, oito fornecedores de peças que se instalarão no complexo de Resende (RJ). Outro grupo que importa caminhões elétricos da China é o BYD, que já entregou cerca de 20 unidades à empresa de saneamento Corpus, de Indaiatuba (SP).

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