Sexta-feira, 21 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A raiva humana já deixou pelo menos 12 mortos no Pará

Compartilhe esta notícia:

O morcego hematófago pode transmitir o vírus da raiva, atingindo mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e humanos. (Foto: Divulgação/Governo do Estado de Santa Catarina)

Pelo menos 12 pessoas morreram vítimas de raiva humana desde o início do ano na paupérrima comunidade de Melgaço, no arquipélago de Marajó, no Pará, município com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. Até agora, foram 14 casos notificados e sete confirmados laboratorialmente pelo Instituto Evandro Chagas e pelo Instituto Pasteur.

Técnicos da Secretaria de Saúde do Pará permanecem na região até julho, fazendo um trabalho de investigação e prevenção. Há cerca de 30 dias não há registro de novo caso ou suspeita e a pasta considera a situação sob controle.

Até o início do mês foram vacinadas aproximadamente 2.500 pessoas na localidade ao longo do rio Laguna, a 70 km da sede de Melgaço. No total, 5.400 doses de vacinas foram encaminhadas e entregues 700 mosquiteiros para a proteção dessa população.

Entre as ações realizadas estão à investigação epidemiológica, visita técnica nas residências e o controle da raiva animal, com a captura seletiva de morcegos. Também é feita a pesquisa do vírus rábico em animais e a busca ativa de casos animais. Mais de 300 cães receberam a vacina e cerca de 90 gatos também foram vacinados.

Para especialistas, as precárias condições sanitárias da comunidade estariam contribuindo para o surto de raiva no município, onde as pessoas são tão pobres que não teriam dinheiro sequer para colocar telas nas janelas, evitando a entrada dos morcegos. A maioria dos habitantes vive em palafitas, com esgoto ao ar livre.

O Ministério da Saúde informou que o País está próximo da eliminação da doença. Em 2017, foram registrados seis casos de raiva humana – um em Pernambuco, um em Tocantins, um na Bahia e três no Amazonas, todos causados pela variante do vírus que circula entre morcegos.

Oferta

O ministério informou ainda que não há falta de vacinas antirrábicas caninas. Para este ano, estão previstas 29,5 milhões de doses, que já estão sendo distribuídas nos Estados. A maioria deles, no entanto, realiza as campanhas de vacinação entre setembro e novembro.

Histórico

Casos confirmados de raiva humana no Pará não ocorriam desde 2005, quando 15 casos foram registrados no município de Augusto Corrêa e três em Viseu (nordeste paraense) – todos por transmissão de morcego hematófago (que se alimenta de sangue).

Em 2004, Portel (município do Marajó) registrou 15 casos da doença – todos também por morcegos hematófagos, assim como os seis casos confirmados em Viseu, no mesmo ano.

Todos os casos confirmados nesses dois períodos, segundo a secretaria, evoluíram para óbito.

Sintomas

Todos os casos notificados pela Secretaria de Saúde como suspeitos para raiva humana apresentam quadro semelhante, com sinais e sintomas como febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos como paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia (dificuldade de deglutir), desorientação, hidrofobia e hiperacusia (sensibilidade a sons, principalmente agudos).

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Diretores da Penitenciária da Papuda em Brasília são afastados após revelação de que o ex-senador Luiz Estevão é o “dono do presídio”
Cobra nasce com duas cabeças em zoológico do Paraná
https://www.osul.com.br/a-raiva-humana-ja-deixou-pelo-menos-12-mortos-no-para/ A raiva humana já deixou pelo menos 12 mortos no Pará 2018-06-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar