Quarta-feira, 07 de maio de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
26°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A reforma administrativa encaminhada pelo governo ao Congresso prevê demissão de servidor por “desempenho insuficiente”

Compartilhe esta notícia:

Oposição diz que regras propostas dariam 'superpoderes' aos presidentes dos colegiados. (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

A reforma administrativa encaminhada pelo governo ao Congresso nesta quinta-feira (3) permite a demissão de servidores por “desempenho insuficiente”. As regras para essa desligamento só serão definidas, em lei, após a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma administrativa.

“A proposta de reforma abrange os três poderes da União, Estados e municípios”, disse o secretário adjunto de Gestão e Governo Digital, Gleisson Rubin.

Para o governo, o modelo de desligamento de servidor hoje é “engessado”, e prevê a “manutenção de servidores em atividades em que não há mais demanda e incapacidade de adaptações e ajustes”.

Atualmente, é permitida a demissão de servidores após sentença judicial transitada em julgado e infração disciplinar. No governo federal, em 2018, foram desligados 388 servidores (0,07% da força de trabalho do governo).

A reforma prevê não ser mais necessário aguardar o trânsito em julgado, e valerá também decisão judicial proferida por órgão colegiado.

A proposta de reforma abre caminho para facilitar a demissão de servidores atuais. Mas mesmo com a aprovação da reforma, para que a medida seja posta em prática, será necessário regulamentar por meio de uma nova lei.

Hoje, a Constituição já prevê a demissão de servidor “mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa”. O projeto de lei complementar nunca foi enviado pelo governo.

“(A demissão por desempenho) já é uma previsão constitucional e valerá para todos os servidores, atuais e os próximos a ingressarem nos serviço público”, esclareceu o Ministério da Economia, após a entrevista à imprensa.

O governo também prevê outras hipóteses para demissão para os futuros servidores, que só serão apresentadas após a aprovação da PEC.

“Em nenhuma hipótese vai ser permitida a demissão por questões políticas, pode decisão arbitrária”, disse o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Wagner Lenhart.

“Hoje o modelo é engessado, em que há manutenção de servidores em que não há mais demanda. As demandas vão mudando com o passar do tempo e as próprias tecnologias vão alterando, modificando. O reflexo é de uma curva, um ciclo de vida, em torno de 59 anos, independentemente se ela é necessária ou não. O servidor continua sempre nos quadros da administração”, completou o secretário.

Para aprovação, como se trata de PEC, é preciso o apoio de 308 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação em cada Casa.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro recebe defesa de Wilson Witzel
A reforma administrativa proposta pelo governo federal dá poder ao presidente para extinguir órgãos sem o aval do Congresso
https://www.osul.com.br/a-reforma-administrativa-encaminhada-pelo-governo-ao-congresso-preve-demissao-de-servidor-por-desempenho-insuficiente/ A reforma administrativa encaminhada pelo governo ao Congresso prevê demissão de servidor por “desempenho insuficiente” 2020-09-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar