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Brasil Relutância de deputados em assumir compromisso com a reforma da Previdência reflete articulação política frágil

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Na Câmara dos Deputados, a expectativa de rejeição de algumas alterações no Código de Trânsito propostas por Bolsonaro é grande. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

A retomada dos trabalhos legislativos trouxe novas evidências da insatisfação dos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e das dificuldades que o governo enfrenta para formar uma base de sustentação confiável no Congresso.

Líderes da bancada evangélica, um dos pilares da coalizão eleitoral que levou o mandatário ao poder, ameaçam boicotar projetos após a demissão sem aviso prévio de correligionários que ocupavam posições no Palácio do Planalto.

Partidos do chamado centrão, ressentidos com a indefinição sobre seu espaço no governo, articulam mudanças na medida provisória que redesenhou a estrutura dos ministérios, ainda pendente de aprovação no Legislativo.

Complicações desse gênero, que fazem parte da rotina dos regimes democráticos e poderiam ser tratadas como contratempos banais, acabam alimentando preocupações no caso de Bolsonaro.

O chefe do Executivo prometeu jogar fora o manual que guiou os antecessores nas interações com o Congresso, mas ainda não parece ter encontrado uma estratégia eficaz para promover sua agenda.

Com o início do debate da reforma da Previdência Social, passo essencial para tirar o País da semiestagnação econômica, os riscos criados pela fragilidade da articulação entre o governo e os partidos tornam-se mais inquietantes.

Como mostram os resultados de uma enquete realizada pelo jornal Folha de S.Paulo com os membros da Câmara dos Deputados nas últimas semanas, até legendas que demonstravam mais entusiasmo com a proposta se mostram relutantes.

Somente metade dos consultados na bancada do PSL, o partido de Bolsonaro, declarou-se a favor das mudanças nas aposentadorias. No DEM, que comanda as duas casas do Congresso e tem três ministros no primeiro escalão do governo, apenas um quarto da bancada declarou apoio à reforma.

Muitos certamente temem prejuízos nas próximas eleições se assumirem compromissos agora, antes que fiquem mais claros os sacrifícios que inevitavelmente serão impostos pela reforma a diferentes grupos da sociedade.

Parte dos deputados não quis responder à enquete, um indício de que ainda não se sentem confortáveis para declarar o que pensam e preferem olhar de lado enquanto negociam com o governo.

Na última quarta (13), Bolsonaro disse a jornalistas que espera ver a reforma da Previdência aprovada neste semestre, mas a expectativa soa excessivamente otimista.

Recentemente, causaram surpresa declarações do presidente de que aceitaria reduzir a idade mínima exigida para a aposentadoria das mulheres — gesto decerto prematuro no estágio em que as discussões do projeto se encontram.

Talvez o presidente desse contribuição mais efetiva se demonstrasse ele mesmo o engajamento esperado dos aliados. Caso os congressistas entendam que nem o Planalto está tão convencido da urgência da reforma, tudo ficará mais difícil.

 

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