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Mundo A Rússia acusou os Estados Unidos e seus aliados de “pisotear” o direito internacional

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Neste sábado, ocorreu o quinto encontro do Conselho de Segurança da ONU desde o suposto ataque químico em Duma, na Síria. (Foto: Reprodução)

A Rússia acusou os Estados Unidos e seus países aliados de “pisotear” o direito internacional pelo ataque lançado nas últimas horas contra a Síria e qualificou como “vergonhosas” as justificativas legais utilizadas. A acusação ocorreu neste sábado durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que teve troca de ameaças e discursos em tom elevado.

“Os senhores estão pisoteando a Carta das Nações Unidas e o direito internacional”, afirmou o embaixador russo na ONU, Vasyl Nebenzia, ao dirigir-se a colegas de outras nações envolvidas no ataque durante uma reunião do Conselho de Segurança.

“É vergonhoso que para executar uma agressão [a outro país] se invoque um artigo da Constituição dos Estados Unidos”, acrescentou o diplomata russo.

Nebenzia se referia a declarações do secretário de Defesa norte-americano, James Mattis, que pouco depois do ataque utilizou como base legal a necessidade de proteger os interesses dos Estados Unidos e de cumprir o artigo 2 da sua Constituição.

“É hora de que entendam que o código internacional que regula o emprego da força está definido pela Carta das Nações Unidas”, reforçou o embaixador russo.

No seu discurso, o diplomata leu um comunicado do presidente Vladimir Putin no qual condena de forma enérgica a “agressão contra um Estado soberano” que está à frente entre as nações que lutam contra o terrorismo.

Pedido negado

A Rússia pediu uma resolução à ONU para que os países-membros condenassem os ataques feitas à Síria. Entretanto, dos 15 países, apenas Bolívia, China e a própria Rússia votaram a favor. Outros oito se posicionaram contra e quatro se abstiveram.

Para seguir adiante, uma resolução precisa do apoio de nove países e não pode ser vetada pelos EUA, China, França, Reino Unido ou Rússia.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu em caráter de emergência a pedido da própria Rússia, depois de EUA, França e Reino Unido lançarem 105 mísseis sobre a Síria em resposta a um suposto ataque com armas químicas feito na semana passada.

O clima da reunião foi bem tenso. Os embaixadores da Síria e da Rússia na ONU, que negam o uso de armas químicas, acusaram as três potências – EUA, França e Reino Unido – de mentir sobre seus interesses ao atacar a Síria e de fabricar fatos para justificar o ataque.

Já os representantes das três nações foram duros ao condenar o uso de armas químicas, que é proibido por convenções da ONU. Os EUA ainda ameaçaram o regime de Assad afirmando que estão “carregados e engatilhados” caso seja feito mais uso de armas químicas.

Os três países dizem ter provas de que o ataque foi ordenado pelo governo de Bashar al-Assad, informação
confrontada pela Rússia e pela Síria. Investigadores independentes estão na Síria para investigar o ataque. “Por
que vocês não esperaram o resultado da investigação que vocês mesmo pediram?”, disse o embaixador russo,
Vassily Nebenzia, depois da votação.

Este foi o quinto encontro do Conselho de Segurança desde o suposto ataque químico em Duma, na Síria.

 

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