Quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2018
Sob gritos de “vergonha!”, a secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Kirstjen Nielsen, foi hostilizada e teve seu jantar interrompido em um restaurante mexicano de Washington, por ativistas que a culpam pela separação de famílias imigrantes sem documentos na fronteira do país com o México.
Membros do grupo Metro DC Democratic Socialists of America confrontaram Nielsen no restaurante MXDC Cocina Mexicana e tentaram interromper seu jantar quando estava rodeada por colaboradores e seguranças. O grupo disse que a polícia foi chamada e tentou deter os ativistas, mas que a tentativa foi em vão.
“Como ela pode desfrutar de um jantar mexicano quando está deportando e prendendo dezenas de milhares de pessoas que chegaram em busca de asilo nos Estados Unidos?”, gritou um homem.
O incidente foi registrado em um vídeo que viralizou rapidamente nas redes sociais.
“Exigimos que pare de separar famílias e que se desculpe” e “De todos os lugares, (escolheu) um restaurante mexicano!”, também se escutam no vídeo.
Um porta-voz de Nielsen admitiu o incidente e disse que se tratou de “um pequeno grupo de manifestantes que compartilham uma preocupação com as leis atuais de imigração que criaram uma crise na fronteira sul”. O vídeo mostra Nielsen de cabeça baixa enquanto gritavam “vergonha!” para ela.
“Que vergonha Nielsen, que vergonha Trump.”
Separação suspensa
O presidente americano Donald Trump cedeu às pressões e assinou na noite desta quarta-feira (20) uma ordem para evitar a separação das famílias de imigrantes que cruzarem a fronteira com o México, mas manterá a “tolerância zero” em sua política de imigração.
Segundo a ordem, famílias imigrantes que entrarem ilegalmente nos EUA serão detidas juntas. Trump mandou o Departamento de Defesa tomar as medidas para acolhê-las da forma necessária.
“Estamos assinando uma ordem executiva. Considero que é uma ordem executiva muito importante. É sobre manter as famílias unidas e, ao mesmo tempo, ter certeza de que temos uma fronteira muito forte e muito forte”, disse Trump.
Trump desistiu de separar famílias migrantes depois de sofrer intensa pressão dos mais diferentes setores: líderes religiosos, políticos e internacionais condenaram a postura de seu governo, que fez com que mais de 2.300 menores de idades fossem separados de suas famílias em cinco semanas.
“Não me agradou a visão de famílias sendo separadas”, disse o presidente.