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Por Redação O Sul | 8 de julho de 2018
Entre as oito equipes que disputaram as quartas de final do Mundial da Rússia, fase encerrada no sábado, a Seleção Brasileira foi a que trocou mais passes certos, finalizou mais vezes e acertou mais chutes no gol adversário. Porém, o maior volume ofensivo não foi traduzido em bolas na rede, o que mostra, por outro lado, a ineficiência exibida pelo time nacional no jogo da última sexta-feira.
A equipe do técnico Tite marcou apenas uma vez contra a Bélgica, na derrota por 2 a 1 sofrida em Kazan. As quatro seleções classificadas às semifinais, mesmo com números inferiores aos do Brasil na análise geral de vários fundamentos contabilizados, fizeram dois gols cada uma.
O time brasileiro foi o que finalizou mais vezes nesta fase da competição. Foram 26 disparos contra os belgas. Mais do que o dobro dos ingleses (12 vezes) e dos franceses (11). Superior também aos croatas, com 17 arremates, mas em 120 minutos, já que o confronto com a Rússia, no sábado, em Sochi, foi para a prorrogação e decidido, posteriormente, nos pênaltis.
Destas 26 finalizações dos jogadores brasileiros, nove acertaram o gol da Bélgica. Mas só uma vazou o goleiro Courtois. A Inglaterra mostrou muito mais eficiência nesse quesito: duas conclusões no alvo, dois gols e 2 a 0 no placar contra a Suécia. A mesma competência teve a França, que finalizou duas bolas no gol e balançou duas vezes as redes do Uruguai para também avançar à semifinal com um 2 a 0. Já a Croácia acertou a meta da Rússia três vezes e fez dois gols no empate por 2 a 2 com os anfitriões – a vaga na semifinal foi obtida pelo time de Modric e Rakitic com vitória por 4 a 3 nas penalidades.
Em relação à eficiência nos passes, os números do Brasil também foram superiores aos das quatro seleções que chegam às semifinais do Mundial. A equipe verde-amarela trocou 557 passes, sendo 89% deles certos. A Bélgica deu 370 e teve 83% de acerto, mas apresentou um futebol mais vertical e objetivo. E, desta forma, ganhou a partida.
Neste quesito, a Inglaterra trocou 525 passes, 80% deles certos. A França tocou a bola 524 vezes, com 81% de acerto. E a Croácia mostrou eficiência de 82% nesse fundamento.
O Brasil também teve 57% de posse de bola diante da Bélgica, mas não soube aproveitar este maior período com ela sob seu domínio. Foi o único entre os quadrifinalistas que ficou mais tempo com a bola do que o adversário e foi eliminado. A Croácia ostentou 68% de posse neste sábado contra a Rússia, enquanto a França esteve com a mesma por 58% da partida diante do Uruguai e a Inglaterra por 57% no triunfo sobre a Suécia. A Bélgica, que despachou os brasileiros, apresentou 43% de posse e, consequentemente, foi única entre as classificadas às semifinais a ficar menos com a bola do que um rival nas quartas de final.
França e Bélgica abrem as semifinais do Mundial na terça-feira, às 15h (de Brasília), em São Petersburgo. Na quarta-feira, no mesmo horário, em Moscou, Croácia e Inglaterra decidem a última vaga na final do Mundial, cuja decisão está marcada para o domingo seguinte, também na capital russa, às 12h (de Brasília).