Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2019
A SpaceX planeja construir novas instalações no Complexo de Lançamento 39A (ou CL 39A) do Centro Espacial Kennedy, o porto de lançamento de veículos espaciais da Nasa (a agência espacial americana). O plano é utilizar as novas instalações para lançamentos e aterrissagens do Starship e seu booster Super Heavy.
Construído originalmente para o Programa Apollo, o CL 39 é dividido em dois complexos de lançamento – o 39A e 39B. Depois, ele foi modificado para as operações das missões dos ônibus espaciais, e é o único que está sob a administração da Nasa dentro da região de Cabo Canaveral. Atualmente, o CL 39A já é usado para lançamentos do Falcon 9 e Falcon Heavy, ambos da empresa de Elon Musk.
Nos planos da SpaceX, publicados pela Nasa no início do mês, são detalhadas as ideias para a construção de uma nova plataforma de lançamento no complexo, perto do local já reservado ao Falcon 9 e ao Falcon Heavy. Também foi solicitado um tanque para o combustível usado pelos motores Raptor, que vão impulsionar o Starship-Super Heavy. As novas instalações seriam capazes de realizar até 24 lançamentos do Starship por ano, de acordo com o relatório.
A SpaceX descartou lançar o veículo em seus outros dois locais, que ficam no Space Launch Complex 40 no Cabo Canaveral, e no Space Launch Complex 4 na Base Aérea de Vandenberg. O motivo? É que nesses complexos seriam exigidas ainda mais modificações, e o Vandenberg não suporta trajetórias para a “grande maioria” das missões.
Já que o Complexo 39A foi projetado para as primeiras missões humanas à Lua, a SpaceX concluiu que este é o melhor lugar para realizar as ambições de seu poderoso foguete, que incluem também um papel na exploração lunar da própria Nasa. De acordo com os documentos de avaliação, a empresa de Musk poderia “apoiar a Nasa no cumprimento da meta norte-americana de exploração lunar”, uma vez que estará no próprio complexo da agência governamental dos EUA.
Telescópio espacial
A Nasa publicou uma nova foto de Júpiter, capturada pelo telescópio espacial Hubble no dia 27 de junho. Agora podemos conferir uma paleta de cores mais intensa, nas nuvens que circulam a atmosfera do gigante gasoso, do que vimos nas imagens divulgadas anteriormente. Isso é importante porque as cores e suas mudanças fornecem aos cientistas pistas importantes para os processos que ocorrem na atmosfera de Júpiter.
Por exemplo, a cor laranja brilhante da faixa larga no equador – que muitas vezes aparece em uma cor mais cinzenta – pode ser um sinal de que as nuvens mais densas nessa faixa estão começando a clarear, o que estaria realçando as partículas vermelhas da neblina que fica por baixo dessas nuvens.