Quarta-feira, 19 de novembro de 2025

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Economia A taxa básica de juros anuais no Brasil deve terminar o ano em 1,75%, ante os atuais 3%, diz o banco JPMorgan

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Juro médio para financiamento de veículos foi de 2,10% em abril, o equivalente a 28,32% ao ano. (Foto: EBC)

O JPMorgan cortou a 1,75% a expectativa para a meta Selic (a taxa básica de juros) ao fim deste ano, ante estimativa anterior de 2,50%, citando melhora do ambiente externo e riscos crescentes de uma recuperação econômica mais fraca no Brasil.

O banco passou a ver corte de 0,75 ponto percentual da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês (contra 0,50 ponto percentual antes), e adicionou uma redução de 0,50 ponto no encontro de agosto, quando o BC (Banco Central) pararia o ciclo de afrouxamento monetário, segundo o JPMorgan.

Com isso, a Selic terminaria o ano em 1,75%, ante os atuais 3,00%.

Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira, que assinam o relatório com data desta quinta-feira, avaliam chances de cenário alternativo no qual o Copom promoveria dois cortes de 0,50 ponto até agosto, levando a Selic a 2,00%, à espera de mais clareza do lado fiscal e da estabilidade financeira.

“Embora reconheçamos o benefício de uma abordagem mais gradual, dada a preocupação com as perspectivas fiscais, a comunicação recente de autoridades de política monetária sugere que eles favoreceriam um corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião”, escreveram no relatório.

Os profissionais do banco norte-americano inclusive avaliam que, pelas estimativas com base nas chamadas regras de Taylor, pode haver “ainda mais espaço” para alívio monetário para além de 1,75%. Porém, acreditam que neste momento isso não acontecerá devido ao risco de médio prazo à estabilidade fiscal.

“Se o risco de perda da âncora fiscal transparecer, o BCB poderia ser forçado a reverter a flexibilização (monetária)”, ponderaram.

Expectativa para a inflação

Já o Itaú Unibanco revisou para baixo a expectativa para a inflação neste ano e no próximo e previu que o CMN (Conselho Monetário Nacional) definirá a meta de 2023 em 3,25% ou 3,00%.

O banco passou a ver variação do IPCA de 1,8% em 2020, ante 2,0% na projeção anterior e ainda mais abaixo do limite inferior de 2,5% da banda definida pelo CMN para o ano, com centro da meta em 4% e tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Parte do reajuste decorre da decisão da Aneel de manter o patamar de bandeira verde nas contas de energia elétrica ao longo do ano”, disse o Itaú em revisão de cenário. O banco estima deflação no segundo trimestre, o que deve levar a inflação acumulada no primeiro semestre para perto de zero, antes de alguma retomada da atividade nos últimos seis meses do ano.

O Itaú chama atenção para efeito “potencialmente altista” à inflação oriundo da taxa de câmbio mais depreciada, o que, segundo o banco, já se manifesta em índices de preços no atacado.

Acreditamos, contudo, que o balanço de riscos, neste momento, permanece indicando algum viés de baixa para a nossa projeção (de IPCA)”, ressalvou a instituição, que prevê inflação de 2,8% em 2021, abaixo da estimativa anterior de 3,0%.

A meta de inflação para 2021 tem centro em 3,75%, caindo a 3,50% em 2022.

Apesar da menor expectativa para alta dos preços, o Itaú manteve cenário de Selic a 2,25% ao ano para o final de 2020 e a 3,0% ao ano para dezembro de 2021, esperando corte de 0,75 ponto percentual na taxa no encontro do Copom deste mês. O juro básico está atualmente em 3%.

O Itaú entende que a capacidade do Banco Central de continuar testando novas mínimas para a taxa de juros depende dos seus impactos sobre a taxa de câmbio e, consequentemente, sobre as expectativas de inflação e estabilidade financeira.

Por se tratar de um território desconhecido, acreditamos que o Banco Central deve atuar com cautela para evitar o risco de flexibilização monetária excessiva, o que poderia afetar preços de ativos de forma que restrinja as condições financeiras, tornando-se contraproducente”, disse o Itaú.

O banco manteve prognóstico de dólar a 5,75 reais ao fim de 2020 e 4,50 reais em 2021. “O risco fiscal ainda elevado, a contração acentuada da atividade econômica e o cenário de juros baixos devem seguir limitando o fluxo de capitais para o Brasil ao longo deste ano e impedindo uma apreciação mais intensa da moeda”, explicaram os analistas do Itaú no relatório. As informações são da agência de notícias Reuters.

 

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