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Brasil A taxa básica de juros irá cair no Brasil em julho, após um ano em 6,5%, avalia o mercado financeiro

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Taxa Selic ficou em 6,5% ao ano pela décima vez seguida. (Foto: EBC)

O juro no Brasil deverá voltar a cair após mais de um ano e 10 reuniões do BC (Banco Central) estacionado em 6,5% ao ano, revela uma pesquisa realizada pela XP Investimentos com 78 investidores institucionais entre 19 e 21 de junho.

O Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a Selic nesta semana, mas deu indicações de que pode iniciar um ciclo de relaxamento monetário. Os diretores, liderados pelo presidente Roberto Campos Neto, reforçaram que a taxa de juros deve ser estimulativa (baixa) e que vai continuar acompanhando o comportamento da economia e das demais variáveis econômicas.

Pesquisa

Segundo 53% dos respondentes, o comunicado do BC teve um tom baixista, contra 38% que viram o teor como neutro. Cerca de 42% deles não mudaram as suas estimativas após a quarta-feira, porém 37% admitiram que este pode ser o início de um ciclo.

Para 63% deles (54% antes da reunião), a Selic será reduzida no próximo encontro de 31 de julho, 33% (ante 23%) em 18 de setembro.

Sobre qual será o comportamento do BC, 33% estimam uma redução de 50 pontos-base e 38% de 25 pontos-base. Já sobe o que o Copom “deveria fazer”, 49% dizem que ele precisaria tesourar o juro em 50 pontos-base, 19% 25 pontos-base e 32% manter em 6,5%.

Para o final de 2019, a média das respostas continuou em 5,5%, passando de 5,59% para 5,47%. Já para 2020, contudo, a projeção caiu de 6% para 5,63%.

Banco Central

Pela décima vez seguida, o BC não alterou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Copom manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Com a decisão da última quarta (19), a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.

Em comunicado, o Copom informou que está monitorando a economia brasileira. A nota diz que o Banco Central só deve voltar a reduzir os juros após o avanço ou a aprovação de reformas que reduzam os gastos públicos, como a da Previdência. “O comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. Em particular, o comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva”, destacou.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em maio, o indicador fechou em 4,66% no acumulado de 12 meses. Depois de vários meses de alta no início do ano, o índice desacelerou em maio, atingindo o menor resultado para o mês desde 2006.

Para 2019, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Inflação

No Relatório de Inflação divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerrará 2019 em 3,9% e continuará baixo até 2021. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,84%.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, o BC projetava expansão da economia de 2% para este ano. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos preveem crescimento de 0,93% do PIB (Produto Interno Bruto), a soma dos bens e serviços produzidos pelo País, em 2019.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Selic e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

 

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https://www.osul.com.br/a-taxa-basica-de-juros-ira-cair-no-brasil-em-julho-apos-um-ano-em-65-avalia-o-mercado-financeiro/ A taxa básica de juros irá cair no Brasil em julho, após um ano em 6,5%, avalia o mercado financeiro 2019-06-22
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