Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2019
"Havendo brecha para vetar, eu vou fazer isso", declarou Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PRO presidente Jair Bolsonaro declarou nesta quinta-feira (19) que, caso encontre uma “brecha”, a “tendência” é vetar no Orçamento de 2020 a previsão de R$ 2 bilhões para financiar campanhas eleitorais.
O fundo eleitoral, bancado com dinheiro público, foi criado por meio de uma lei em 2017, após a proibição de doações de empresas para campanhas políticas. O Congresso aprovou na terça-feira (17) o Orçamento com os R$ 2 bilhões propostos pelo próprio governo para o fundo.
O relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), chegou a defender um valor de R$ 3,8 bilhões, mas optou por manter a quantia sugerida pelo governo.
Para justificar o eventual veto, Bolsonaro disse que a legislação o obrigava a enviar uma proposta, mas que discorda do uso de recursos públicos para financiar campanhas. “Aquela proposta que foi R$ 2 bilhões é em função de uma lei que tinha, não é que quero isso. Havendo brecha para vetar, eu vou fazer isso. Porque eu não vejo, com todo respeito, como justos recursos para fazer campanha. A tendência é vetar, sim”, disse o presidente a jornalistas no Palácio da Alvorada.
Na análise de Bolsonaro, o fundo eleitoral “dificilmente vai para um jovem candidato” e ajuda a “manter no poder quem já está”. “A peça orçamentária chegando, eu tenho poder de veto. Não quero afrontar o Parlamento, mas pelo amor de Deus, dá 2 bilhões para o Tarcísio [Freitas, ministro da Infraestrutura] e vê o que ele faz no Brasil”, afirmou.