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Brasil A um ano da corrida eleitoral, Lula escolheu anunciar no exterior que será candidato a um quarto mandato no Palácio do Planalto; o gesto é repleto de recados

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Lula ainda surfou a onda das críticas à PEC da Blindagem, uma tentativa da Câmara de proteger parlamentares de investigações. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acionou o modo turbo da campanha de 2026 e deu um xeque-mate para o bolsonarismo escolher o candidato de oposição que entrará na disputa. A um ano da corrida eleitoral, o petista escolheu anunciar no exterior que será candidato a um quarto mandato no Palácio do Planalto, pela primeira vez sem colocar nenhuma condicionante.

Não foi uma declaração aleatória. O gesto é repleto de recados. Ocorreu um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) publicar o acórdão com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 e três meses de prisão. Ou seja, enquanto ele (Lula) está no poder, no cenário internacional e em recuperação nas pesquisas, seu antagonista está prestes a ser preso em regime fechado.

Além disso, na avaliação do meio político, também envia uma mensagem ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem deve se encontrar neste domingo, 26, para tratar do tarifaço. Há um entendimento de que o chefe da Casa Branca valoriza quem tem força política e abandona quem demonstra fraqueza.

O presidente tem se ancorado em uma recuperação de popularidade que o fez sair das cordas de três meses para cá. Essa melhora do governo, segundo pesquisas, tem relação com a impopularidade do tarifaço americano defendido pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros aliados do ex-presidente.

Lula ainda surfou a onda das críticas à PEC da Blindagem, uma tentativa da Câmara de proteger parlamentares de investigações. A má repercussão da medida acabou enterrando também o projeto de redução de penas para os condenados da trama golpista e do 8/1.

Proliferação de alternativas eleitorais na direita, mas sem consenso

Nesse período, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome favorito dos partidos de centro-direita para o Planalto em 2026, passou a dizer que será candidato à reeleição no governo estadual. Após fazer uma série de acenos ao bolsonarismo, Tarcísio viu sua rejeição aumentar nas pesquisas e ainda continuou no alvo de Eduardo.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), é a principal alternativa da direita a Tarcísio. Mas há um temor de que Eduardo Bolsonaro se lance candidato de qualquer forma apenas para tumultuar o processo eleitoral. Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lançaram suas pré-candidaturas, mas não decolaram nas pesquisas.

Para deixar o cenário ainda mais conturbado para a centro-direita, Caiado e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), protagonizaram um desentendimento público. O parlamentar, que pretende concorrer como vice na chapa de Tarcísio, disse que o governador de São Paulo e Ratinho seriam as únicas candidaturas viáveis para presidente na oposição. Irritado, o goiano foi às redes sociais, com direito a textão, para reclamar de “interesses pessoais” de Ciro.

Outro nome lembrado para vice na chapa da direita, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) citou Tarcísio, Ratinho e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como opções ao Planalto. Ex-ministros de Bolsonaro, Tereza e Ciro foram alvejados nas redes sociais por Eduardo. (Coluna de opinião do portal Estadão).

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