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Economia Acesso do Brasil ao fluxo global de comércio fica entre menores do G20

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Diego Bonomo, gerente executivo de comércio exterior da CNI. (Foto: Reprodução)

Sem um novo acordo comercial há cinco anos, o Brasil vem ficando para trás no acesso aos grandes mercados mundiais. O País é hoje um dos que menos possuem acertos tarifários e de facilitação de comércio entre os membros do G-20, grupo das maiores economias do mundo.

Com 15 acordos, o Brasil fica à frente somente de Canadá, Argentina e Rússia, segundo levantamento feito pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Na análise ampliada, que considerou 25 economias, o País superou ainda Nigéria e Hong Kong.

Ao volume baixo, somam-se os efeitos pouco expressivos dos acordos do Brasil em relação aos negociados por outras economias.

O bloco formado pelo Brasil e as 15 nações com quem mantém acertos representa 7,8% do comércio internacional. É um dos menores patamares atingidos; à frente somente de Arábia Saudita e Rússia no G-20.

O indicador é uma forma de medir quão internacionalizada cada uma das economias tornou-se por meio dos acordos.

Nesse quesito, o Chile é disparado o mais bem-sucedido. Por meio de 36 acordos, acessa mercados que equivalem a mais de 80% do comércio mundial.

Apesar de ter menos acertos que o Brasil, o Canadá uniu-se a economias mais vibrantes. Seu bloco é responsável por quase 19% do fluxo de mercadorias do mundo. O país faz parte do Nafta, acordo do qual são signatários Estados Unidos e México.

O levantamento mostra que os movimentos brasileiros nos últimos anos têm sido tímidos. Mesmo com dois acordos a mais do que a Argentina, o País tem o mesmo grau de acesso à economia global que os vizinhos.

“A análise qualitativa é fundamental. A maioria dos acordos do Brasil está defasada. Não avançaram em termos regulatórios, de investimento e propriedade intelectual”, diz José Luiz Pimenta, professor de Relações Internacionais da ESPM.

Segundo ele, os acordos que vêm sendo costurados por Estados Unidos, União Europeia e países asiáticos já contemplam esses aspectos, que faltam aos acertos em vigor no Brasil e na agenda de negociação atualmente em curso.

O Brasil não tem novos acordos desde 2010, quando passou a valer um acerto comercial com Israel. Caso não feche nenhum novo acordo este ano, será o maior período de “inatividade” nessa área desde que aderiu ao Mercosul, em 1992.

Após um primeiro mandato sem avançar em qualquer novo acordo, a presidente Dilma Rousseff anunciou a intenção de retomar as negociações com a União Europeia, que patinam há anos.

Caso conseguisse concluir as tratativas, o País teria vantagens num bloco que representa quase um terço do comércio mundial.

Enquanto o acordo não sai, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) vem tentando costurar acertos como o acordo de cooperação com o México e o memorando de facilitação de comércio com os Estados Unidos, ambos firmados neste ano.

O Plano Nacional de Exportações, que será divulgado nesta quarta-feira, também deve trazer a busca de novos acordos como uma das prioridades da agenda de comércio exterior do País nos próximos anos.

Negociações

Para a indústria, o País precisa desenhar uma estratégia de atuação que contemple a negociação em diversas frentes na tentativa de dirimir os efeitos da inércia do governo nos últimos anos.

“Não adianta conversar com apenas com um parceiro. Assim, acabamos ficando no final da fila. A União Europeia nos olha e não se sente pressionada em negociar, já que não há risco de fecharmos antes com nenhum outro país”, diz Diego Bonomo, gerente executivo de comércio exterior da CNI.

Segundo ele, a decisão do Brasil de se envolver nas conversas com os Estados Unidos para a formação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) ajudou o País a fechar acordos regionais e a lançar as negociações com a Europa. (Renata Agostini/Folhapress)

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