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Por Redação O Sul | 8 de maio de 2016
 
				Aos 83 anos, o ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Sydney Sanches jamais pensou que viveria para testemunhar outro processo de impeachment em julgamento no Senado. Em 1992, ele era presidente do STF e, por isso, comandou a sessão que impediu o então presidente Fernando Collor de Mello – a mesma atribuição que terá Ricardo Lewandowski, no processo contra Dilma Rousseff. Afastado dos tribunais desde 2003, Sanches também não imaginou que voltaria a ser procurado para tratar do assunto. Mas é inevitável.
Foi ele que, junto com o decano do Supremo Celso de Mello, elaborou o rito do impeachment no caso de Collor, que agora é seguido no de Dilma. Desde que o processo de afastamento foi deflagrado no Congresso, seu trabalho passou a ser revisitado pelo meio jurídico e político. Nos últimos dias, tem sido objeto de estudo de Lewandowski e sua equipe.
Como não exerce mais a magistratura, Sanches se sentiu à vontade para expressar suas opiniões sobre o processo de impedimento. Em entrevista ao site de Veja, o ex-ministro foi enfático ao refutar a tese governista de que há um golpe de Estado em curso no Brasil. Segundo ele, a insistência de Dilma em reproduzir essa tese revela que a presidente está “mal orientada” ou “não quer reconhecer os fatos”. (Veja)