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Geral “Acordos com a China são enganosos e os Estados Unidos ainda têm muito a oferecer ao Brasil”, diz embaixador norte-americano

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O embaixador Brian A. Nichols é secretário-adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental. (Foto: Reprodução)

Despachado ao Brasil nesta semana pelo governo Joe Biden, o embaixador Brian A. Nichols, secretário-adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, afirma que os negócios de infraestrutura fechados pela China ao redor do mundo e sobretudo na América Latina são “enganosos”. Em entrevista jornal O Estado de S. Paulo, Nichols disse que os projetos oferecidos por Pequim ao Brasil, uma forma de favorecer sua economia e influenciar a geopolítica, não trazem benefícios de longo prazo aos países parceiros e muitas vezes envolvem corrupção.

Nichols é o segundo enviado da cúpula da diplomacia norte-americana a Brasília desde o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de uma viagem de Estado à China, na qual o petista relançou a parceria estratégica com o governo Xi Jinping. A China desafia a liderança global dos Estados Unidos e desde 2009 é o principal parceiro comercial do Brasil. Antigo detentor da posição, os EUA ainda veem uma aproximação cada vez maior nos investimentos: o estoque vindo dos norte-americanos é de U$ 191 bilhões, enquanto os chineses já alcançaram U$ 70 bilhões.

Na conversa, Nichols indicou que o governo Joe Biden está disposto a rever mais das sanções econômicas aplicadas à Venezuela, como começou a ocorrer no ano passado, nos primeiros passos de reaproximação entre Washington e Caracas. Para isso, a condição é que o regime chavista de Nicolás Maduro retome o diálogo com opositores e promova eleições livres em 2024. “Estamos mais do que dispostos a modificar nossas políticas em resposta ao progresso concreto em direção a uma eleição livre e justa”, afirmou o secretário.

Leia a seguir alguns trechos da entrevista realizada na embaixada dos Estados Unidos em Brasília.

China, Rússia, EUA e União Europeia disputam influência sobre os países emergentes. Recentemente Lula viajou à China, eles ofereceram a Nova Rota da Seda, investimentos em infraestrutura. Como os EUA vão reagir à influência chinesa na América Latina, o que têm a oferecer ao Brasil?Os países são livres para tomar suas próprias decisões e respeitamos profundamente a soberania do Brasil e sua capacidade de decidir com quem negociar. Queremos que os países possam tomar essa decisão com os olhos abertos e com alternativas reais. Os acordos de infraestrutura que os países fizeram com a China muitas vezes se mostraram enganosos, nos termos financeiros que os países obtêm. A qualidade dos projetos construídos tem sido abaixo do padrão em muitos casos. Enquanto os custos reais não foram revelados, os custos foram inflados e, muitas vezes, nesses projetos, muito francamente, vimos corrupção ao redor deles. Após cinco anos, os projetos de investimento da China não trazem nenhum benefício para o PIB dos países. Portanto, eles geralmente fornecem um aumento de curto prazo, mas – isso foi medido academicamente – após cinco anos, não há nenhum benefício. Precisamos que os países entendam exatamente o que estão ganhando quando fazem esses negócios. Precisamos oferecer soluções de implantação rápida, realistas e acessíveis para os desafios que os países enfrentam. Quando viajo e converso com líderes estrangeiros eles costumam dizer que não querem procurar a China, mas precisam de opções. Estamos trabalhando para garantir que os Estados Unidos estão dando aos países opções de como atender às suas necessidades. O setor privado dos Estados Unidos no Brasil representa 1/3 do valor do setor privado neste País e nossas empresas estão ansiosas para continuar em parceria com o Brasil, para construir uma economia forte, investir e ajudar o Brasil a desenvolver uma economia de geração de empregos e integrar melhor à economia global, sendo um grande parceiro nas Américas. Estou incrivelmente otimista de que os Estados Unidos e o Brasil tenham um grande futuro econômico juntos que promoverão bons empregos, alto crescimento e uma economia limpa para o futuro.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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