Domingo, 23 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2015
Os dois maiores opositores da presidenta Dilma Rousseff no Rio de Janeiro, Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e Jorge Picciani, presidente do PMDB-RJ e da Assembleia Legislativa, ficaram longe das manifestações de ontem.
Rompido com o governo desde o dia 17 de julho, Cunha argumentou que deve manter a isenção diante de ataques e também da defesa da presidenta. O rompimento do presidente da Câmara aconteceu depois de o lobista Júlio Camargo ter dito, em delação premiada, que foi pressionado por Cunha a pagar 5 milhões de dólares em propina. O deputado negou envolvimento em esquema de corrupção e acusou o governo de interferir nas investigações para prejudicar adversários e proteger aliados.
No Rio
Na manifestação da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, havia faixas e cartazes de aprovação ao juiz Sérgio Moro, que determinou a prisão de vários envolvidos na Operação Lava-Jato, e menções a suspeitos de participação do petrolão. Cunha não foi mencionado.
Em entrevista à TVeja, do site da revista Veja, na semana passada, Cunha afirmou: “Como chefe de um Poder, tenho que prezar pela minha isenção. Uma coisa é minha militância política de pregar que o PMDB saia da base, outra é minha função institucional. Acho muito salutar qualquer manifestação, desde que garanta o direito e ir e vir. Qualquer manifestação, até contra mim, terá sempre meu aplauso, desde que seja pacífica e ordeira”. (AE)