Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A Advocacia-Geral da União anunciou a conclusão de um acordo entre poupadores e bancos sobre planos econômicos das décadas de 1980 e 1990

Compartilhe esta notícia:

BID defende que reforma da Previdência auxiliaria a cobrir esse prejuízo. (Foto: Reprodução)

A AGU (Advocacia-Geral da União) anunciou nesta terça-feira (12) que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e entidades que representam consumidores e poupadores fecharam um acordo para pôr fim às ações judiciais que reivindicam indenizações por conta de prejuízos gerados por planos econômicos lançados nas décadas de 1980 e 1990. Quem aceitar o acordo tem que desistir do processo judicial.

A negociação foi conduzida pela AGU e pelo Banco Central em conjunto com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a Febrapo (Frente Brasileira dos Poupadores) e a Febraban. Foram mais de 20 anos de disputa na Justiça. A AGU mediou as negociações, que se estenderam ao longo de 13 meses.

De um lado, os poupadores de cadernetas de poupança. Do outro, os bancos. Quase 1 milhão de ações questionavam as perdas no rendimento das cadernetas provocadas por quatro planos econômicos: o Bresser, de 1987; o Verão, de 1989; e os planos Collor 1, de 1990, e Collor 2, de 1991.

De acordo com a assessoria da AGU, o acordo – assinado na segunda-feira (11) – será protocolado no STF (Supremo Tribunal Federal). Caberá à Suprema Corte homologar ou não a proposta de extinção das ações judiciais.

O caso mais complexo é o gerado pelo plano Collor. O pacote de 15 de março de 1990 determinou que as quantias superiores a 50 mil cruzados novos depositadas em contas de poupança fossem bloqueadas e remetidas ao Banco Central. O presidente Michel Temer já estimou que o pagamento dos poupadores irá injetar cerca de R$ 12 bilhões na economia.

Novela judicial

No STF, existem seis ações em andamento sobre supostas perdas financeiras geradas pelos planos econômicos cujas decisões terão efeito vinculante ou repercussão geral, isto é, deverão ser aplicadas em todos os casos nas instâncias inferiores do Judiciário. No total, mais de 722 mil ações estão paradas nas instâncias ordinárias à espera de uma decisão do Supremo.

A primeira dessas ações foi protocolada em 2005, e a mais recente em 2010. Os relatores desses processos são os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Nenhuma dessas ações teve o julgamento iniciado, com tomada dos votos dos ministros. Por muito tempo, alguns desses processos ficaram parados porque vários ministros se consideraram impedidos de participar, impossibilitando o quórum mínimo de oito entre os 11 ministros para analisar a questão.

Em março de 2016, a atual presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, declarou-se apta depois que seu pai desistiu de uma ação relacionada ao assunto. Permanecem impedidos os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, por já terem julgado ou analisado em causas em outras instâncias.

Plano Collor 1

O Plano Collor 1, lançado há 27 anos, foi aquele em que um dia após Fernando Collor de Mello tomar posse como presidente da República, a equipe econômica anunciou o confisco dos depósitos bancários e das cadernetas de poupança dos brasileiros.

À época, a então ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, explicou que quem tinha mais de 50 mil cruzeiros na poupança ficaria com a quantia depositada no banco junto ao Banco Central sob a titularidade da pessoa física ou jurídica em forma de cruzados novos. E o valor seria convertida em cruzeiros após 18 meses.

O que os poupadores reclamavam nas ações é que, na hora da troca dos planos, a remuneração da poupança não era feita da forma devida, gerando perdas. Os bancos dizem que seguiram as regras vigentes nos períodos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Temer se reúne com empresários em um novo esforço para aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano
Confira dicas para manter uma vida sexual saudável no novo ano que se aproxima
https://www.osul.com.br/advocacia-geral-da-uniao-anunciou-conclusao-de-um-acordo-entre-poupadores-e-bancos-sobre-planos-economicos-das-decadas-de-1980-e-1990/ A Advocacia-Geral da União anunciou a conclusão de um acordo entre poupadores e bancos sobre planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 2017-12-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar