Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2025
A Advocacia Geral da União (AGU) informou nessa terça-feira (13), que está trabalhando no combate às fake news acusando a a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, de ter embarcado para a Rússia com 200 malas repletas de dinheiro vivo oriundo do esquema de fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As postagens criam conteúdo falso, em tom de teoria da conspiração, a partir das informações de que Janja viajou à Rússia, antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e de que três países não deram autorização para uso de espaço aéreo, o que fez o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que levava a primeira-dama, mudar a rota para chegar à Rússia.
As informações estão sendo compartilhadas por perfis bolsonaristas nas redes sociais. O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) republicou em seu perfil no X (antigo Twitter) uma publicação do deputado estadual Bruno Engler (PL) que diz “O escândalo das malas: Janja leva bagagem descomunal em viagem à Rússia”.
No entanto, conforme apurado pelo “Estadão Verifica” não há qualquer registro oficial na imprensa brasileira ou do exterior de que Janja teria embarcado com 200 malas ou de um “escândalo internacional” com uma interceptação por autoridades russas de bagagens cheias de dinheiro em posse da primeira-dama.
A AGU informou também que está buscando a melhor estratégia para atuar no combate à desinformação sobre a viagem da primeira-dama.
A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República informou que a primeira-dama viajou em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e que não foi registrado qualquer incidente com a bagagem.
“Rejeitamos categoricamente a invenção absurda de que teria sido levada uma ‘elevada quantidade de malas’, bem como qualquer menção a incidentes com a bagagem – nada disso ocorreu, nem foi registrado por qualquer autoridade responsável”, informa o comunicado.
“Causa profunda preocupação o uso reiterado de boatos e mentiras com objetivos políticos, que visam única e exclusivamente desinformar a população, atacar reputações e enfraquecer instituições. A disseminação irresponsável dessas falsidades não contribui em nada para o debate público e compromete o direito do cidadão à informação correta”, completa a Secom em nota.
A primeira-dama foi à Rússia a convite do governo russo. Ela cumpriu agendas entre os dias 3 e 7 de maio, antes da chegada do presidente Lula. (Com informações do Estado de S. Paulo e da CNN Brasil)