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Política Advocacia-Geral da União criará força-tarefa para apurar desvios e condutas na Operação Lava-Jato

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O grupo analisará atitudes dos agentes públicos durante a instrução e o julgamento de casos da Operação.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O grupo analisará atitudes dos agentes públicos durante a instrução e o julgamento de casos da Operação. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Advocacia-Geral da União (AGU) vai criar uma força-tarefa para apurar desvios de agentes públicos e promover reparação de danos causados por condutas de procuradores da República e membros do Judiciário na Operação Lava Jato, como as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O grupo da AGU analisará atitudes dos agentes públicos durante a instrução e o julgamento de casos da Operação e poderá eventualmente cobrar o ressarcimento à União de indenizações pagas.

A medida busca cumprir a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que invalidou provas do acordo de leniência da Odebrecht e dos seus sistemas Drousys e My Web Day B para quaisquer ações judiciais.

Toffoli afirmou que a prisão do presidente Lula no bojo da Lava Jato foi um dos “maiores erros judiciários da história do País”.

Segundo Toffoli, indicado por Lula ao Supremo em 2009, a detenção do petista foi “uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado”. A ponderação de Toffoli sobre a prisão de Lula foi ponto de destaque na nota divulgada pela AGU.

O magistrado oficiou a AGU e outras autoridades para que identifiquem quais agentes públicos atuaram no acordo sem passar pelos trâmites formais e tomem as providências para apurar responsabilidades.

De acordo com o advogado-geral da União, Jorge Messias, a decisão será cumprida e, “uma vez reconhecidos os danos causados, os desvios funcionais serão apurados”.

Decisão de Toffoli

A decisão do ministro do Supremo poderá causar a anulação de processos contra mais de 400 políticos. O magistrado determinou que o MPF (Ministério Público Federal) do Paraná e a 13ª Vara Federal de Curitiba entreguem o conteúdo integral do acordo de leniência. No mesmo despacho, ele apontou que o acordo foi firmado às margens da lei.

Após receber o documento completo, é provável que Toffoli anule delações dos 70 executivos da Odebrecht, ou parte delas, disseram fontes do governo e da área jurídica, de acordo com informações divulgadas pela CNN.

O acordo de leniência fechado entre a Odebrecht e o MPF do Paraná previa a devolução de mais de R$ 3 bilhões aos cofres públicos pela empreiteira em 22 anos. O documento também teria apontado provas que levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ser preso.

A decisão de Toffoli atende um pedido da defesa de Lula.

“Sob objetivos aparentemente corretos e necessários, mas sem respeito à verdade factual, os agentes públicos que atuaram na Lava-Jato desrespeitaram o devido processo legal, descumpriram decisões judiciais superiores, subverteram provas, agiram com parcialidade e fora de sua esfera de competência”, escreveu.

 

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