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Brasil Advogada que discutiu com Bolsonaro ficou em primeiro lugar na lista tríplice para a vaga de ministra no Tribunal Superior Eleitoral

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Para assumir a vaga no STJ, Daniela Teixeira deverá passar por sabatina no Senado. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A votação, no STF (Supremo Tribunal Federal), para a escolha da lista tríplice de candidatos a ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi precedida de eventos dignos de uma campanha eleitoral. Um vídeo em que a advogada Daniela Teixeira discute com Jair Bolsonaro, então deputado federal, em 2016, foi distribuído para tentar prejudicar a indicação dela.

O entrevero não teve maiores consequências. E ela recebeu votação consagradora no STF: com os votos de dez dos onze magistrados da corte, ela ficou em primeiro lugar na lista tríplice. Cabe ao presidente Bolsonaro agora escolher o novo ministro.

Bate-boca com Bolsonaro

Em setembro de 2016, Daniela Teixeira participou de uma audiência na Câmara dos Deputados que discutia o combate à cultura do estupro. Em nome da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Daniela Teixeira afirmou na sessão que, enquanto os agressores não forem punidos, a violência não vai diminuir. Em seguida, disse que a punição deve ser aplicada “seja quem for” o agressor. Nesse instante, citou “um deputado que é réu, sim, em uma ação já recebida no STF”.

À época deputado federal, Bolsonaro se dirigiu a ela fora dos microfones e esbravejou: “Aponta o nome dele!”. “É o senhor, Jair Bolsonaro, réu no inquérito já admitido pelo STF”, respondeu Daniela Teixeira. Bolsonaro é réu em duas ações penais, mas os casos foram suspensos porque, conforme a Constituição, presidente da República não pode responder por fatos cometidos antes do mandato.

Na ocasião, a resposta da advogada gerou tumulto. Bolsonaro se dirigiu à Mesa Diretora, onde estava a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que presidia a sessão, e passou a exigir direito de resposta. Alguns deputados chegaram a segurá-lo, e Maria do Rosário pediu à segurança que se dirigisse ao local.

Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, criticou nesta quinta-feira a primeira colocada da lista tríplice do Tribunal Superior Eleitoral. Daniela, que disputa uma vaga para a Corte Eleitoral, já defendeu publicamente a condenação de Jair Bolsonaro no caso em que ele é réu por incitação ao crime de estupro.

O episódio, utilizado por adversários do presidente na última campanha eleitoral, diz respeito às declarações de Bolsonaro de que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não “merecia ser estuprada”. Agora, na condição de presidente da República, caberá a Bolsonaro escolher um dos três nomes da lista tríplice para ocupar a vaga de ministro substituto do TSE.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a decisão do presidente deve sair na próxima semana – as chances de Daniela são praticamente nulas, segundo uma fonte. “Sobre nomeação para o TSE. Encheu a boca na tentativa de esculhambar com o deputado federal, agora quer cargo do presidente. Um forte abraço”, escreveu Eduardo Bolsonaro no Twitter, finalizando a mensagem com um emoji caindo em risos.

 

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