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Política Advogado Nelson Wilians evita responder à CPMI do INSS. Ele apenas negou envolvimento no caso

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Ele se negou a assinar um termo de compromisso para dizer a verdade.

Foto: Reprodução
Ele se negou a assinar um termo de compromisso para dizer a verdade. (Foto: Reprodução)

O advogado Nelson Wilians decidiu ficar em silêncio durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta quinta-feira (18). Minutos antes, ele havia se negado a assinar um termo de compromisso para dizer a verdade durante a oitiva.

Wilians foi alvo, na última semana, de uma operação da Polícia Federal (PF), que prendeu os empresários Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, por envolvimento em um esquema de desvios em benefícios previdenciários.

Ao depor à CPI mista nesta quarta, o advogado negou qualquer envolvimento com as fraudes em aposentadorias e pensões do INSS. Pouco antes, ele disse conhecer o empresário Maurício Camisotti e avaliou que a PF cumpriu o “seu papel” ao deflagrar a operação.

Após um intervalo a pedido da própria defesa de Wilians, o advogado decidiu ficar em silêncio. Questionado pelo relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), Nelson Wilians passou a responder, por seguidas vezes, que não tinha “qualquer relação” com as fraudes.

Pressionado a firmar compromisso a dizer a verdade, o advogado declarou que “já disse a verdade”. Vice-presidente do colegiado, o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) chegou a dizer que Nelson Wilians era um “tigrão nas redes sociais, mas, sem filtro e sem celular, é um verdadeiro fantoche”.

Uma hora depois, Wilians sinalizou que voltaria atrás e assinaria o termo. Depois de consultar sua defesa, o advogado decidiu, mais uma vez, não assinar o compromisso de dizer a verdade.

“Analisando juridicamente o termo — e o termo está aqui comigo —, reavaliando ele juridicamente, há um grande paradoxo nele porque tenho direito ao silêncio, esse direito é constitucional. Da forma como ele [o termo] tá, eu abro mão dele e esse direito não abro mão. Não abro mão pela complexidade do tema tratado aqui. Diante deste quadro, não abro mão do silêncio e tudo o que disse até agora e tudo o que direi será verdade”, afirmou o advogado.
Ao responder parlamentares, Nelson Wilians reafirmou que seguiria dizendo que não tem “nada a ver” com os desvios.

“Com todo respeito a todos aqui e sabendo que estão no direito de se manter fazendo perguntas, seguirei confirmando o que já disse no sentido de que não tenho nada a ver com o objeto desta CPMI”, declarou.

A Polícia Federal passou a investigar Nelson Wilians após identificar conexão financeira entre o advogado e o empresário Maurício Camisotti, que é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência.

Ao pedir autorização para a operação ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF afirmou que Wilians prestou serviços advocatícios a uma das associações investigadas por descontos irregulares, a Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (AMBEC).

Segundo os investigadores, elementos analisados na investigação apontam que Wilians, Antunes e Camisotti teriam recebido vazamentos sobre a possibilidade de a PF mirá-los em uma operação.

“Embora Nelson Wilians não tenha figurado entre os investigados nas medidas iniciais, acabou inserindo-se no contexto apurado, despertando a atenção dos investigadores em razão de sua vinculação financeira e não apenas profissional com o empresário Maurício Camisotti”, diz a Polícia Federal.

Antes de escolher ficar em silêncio e não responder às perguntas do relator, Wilians afirmou que a Polícia Federal não “errou” ao deflagrar a operação da última semana.

Wilians afirmou que os policiais têm o direito de investigar, e que ele poderá, agora, contraditar a investigação.

“Não tenho nada a ver com o que está sendo objeto da investigação, que são os roubos dos aposentados do INSS. Com relação à PF, ela cumpre o seu papel. O papel é de apurar. Se a PF achou que aquele seria o caminho, é um direito dela”, disse.

“A mim cabe respeitar, a mim cabe acatar. Não acho que ela errou. Agora vou ter a oportunidade de apresentar os documentos, argumentos com calma”, continuou.

 

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