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Brasil Advogado quer uma perícia sobre a compra do suposto terreno destinado ao Instituto Lula

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Roberto Teixeira disse nunca ter tratado com Lula sobre o terreno. (Foto: Reprodução)

A defesa do advogado Roberto Teixeira pediu nesta terça-feira (19) que o juiz Sérgio Moro determine a realização de uma perícia para apurar se um terreno em São Paulo, supostamente destinado ao Instituto Lula, foi comprado pela Odebrecht com dinheiro ilícito oriundo de contratos da empresa com a Petrobras. Amigo de Lula e de sua família há décadas, Teixeira é réu no processo, assim como o ex-presidente.

O pedido já havia sido feito pela defesa de Teixeira em outra fase do processo, e havia sido indeferido por Moro. Agora, segundo seu advogado, Teixeira “entende que ao longo da instrução processual foi reforçada a necessidade de realização da referida prova pericial, para que definitivamente se esclareça se oito contratos foram a origem dos recursos avaliados como ilícitos pela denúncia”.

Segundo a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), a Odebrecht pagou a Lula e a seu grupo político 75 milhões de reais em propinas, e o valor estaria ligado a oito contratos da Petrobras. O esquema teria existido entre 2004 e 2012. O ex-presidente teria sido beneficiado pessoalmente com um terreno para o Instituto Lula – que nunca foi usado pela entidade – e um apartamento vizinho ao seu em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.

No processo, Lula foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, enquanto a Roberto Teixeira foi imputada apenas acusação do último crime.

Segundo o MPF, Teixeira participou de transações que serviram para ocultar o expresidente como real beneficiário do terreno e do apartamento.

A defesa de Lula nega de forma recorrente que o ex-presidente tenha recebido a posse ou a propriedade do terreno e do apartamento, e que isso tenha ocorrido em contrapartida de qualquer atuação em contratos da Petrobras.

Em interrogatório realizado na terça-feira, Teixeira disse ter sido procurado por executivos da Odebrecht para tratar da compra do terreno e ouviu de ao menos um deles que o local “poderia servir eventualmente” como sede para o Instituto Lula.

Teixeira disse nunca ter tratado com Lula sobre o terreno. O ex-presidente também afirmou em seu interrogatório a Moro que não sabia do envolvimento do Roberto Teixeira com o imóvel e disse que a única pessoa com quem tratou do prédio foi o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Lula confirmou ao juiz que visitou o local, mas disse que não se interessou pela compra.

As transações envolvendo o imóvel

Localizado na Zona Sul de São Paulo, o terreno supostamente destinado ao Instituto Lula pertencia a uma agência de publicidade. Roberto Teixeira disse ter ficado sabendo que o imóvel estava à venda em janeiro de 2010, e comunicou isso ao pecuarista José Carlos Bumlai – que já era seu cliente e também era amigo de Lula – em março, já que Bumlai precisava de um local para um empreendimento na capital paulista.

Segundo Teixeira, Bumlai desistiu do negócio e indicou um primo, Glaucos da Costamarques, como possível comprador. Segundo o advogado, Costamarques queria ter o terreno como investimento, e adquiriu a opção de compra do imóvel. Teixeira trabalhou para Costamarques na transação.

O advogado disse ter sido procurado em meados de 2010 por Paulo Melo e João Alberto Lovera, ex-executivos da Odebrecht Realizações Imobiliárias, que disseram ter “interesse imobiliário” no terreno. Melo também teria alertado, segundo o advogado, que o imóvel “poderia servir eventualmente para abrigar a sede do futuro Instituto Lula”. Em seu interrogatório, por sua vez, Melo disse que o terreno teria sido indicado à Odebrecht por Teixeira

De acordo com o Teixeira, o terreno seria comprado por um “pool de empresas”. Para ele, a DAG Construtora, que acabou adquirindo o imóvel, fazia parte deste “pool” e foi trazida à negociação por Melo.

Segundo a acusação do MPF, a DAG foi usada como laranja da Odebrecht na compra do terreno, que seria usado como pagamento de propina para Lula em troca de contratos da empreiteira com a Petrobras.

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https://www.osul.com.br/advogado-quer-uma-pericia-sobre-a-compra-do-suposto-terreno-destinado-ao-instituto-lula/ Advogado quer uma perícia sobre a compra do suposto terreno destinado ao Instituto Lula 2017-09-19
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