Sábado, 11 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de novembro de 2015
Um advogado, de 38 anos, que não quis revelar seu nome, procurou, no dia 6 deste mês, no celular, uma rota rápida, usando o aplicativo de trânsito Waze, para ir do Centro do Rio de Janeiro, até sua casa, no Méier. Quinze minutos depois, parou dentro de uma favela. Foi cercado por traficantes, armados com pistolas e fuzis, retirado do carro, agredido com o cabo de um fuzil nas costas, ameaçado de morte e passou por tortura psicológica. Um dos criminosos chegou a encostar o cano de uma pistola calibre 9mm em sua nuca, ameaçando acionar o gatilho.
O crime não se consumou porque um senhor apareceu e convenceu os bandidos a deixarem a vítima viva.
O fato aconteceu em Santa Teresa. Desde 2011, o bairro, um dos mais charmosos da cidade, conta com duas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Isso não impediu que o advogado fosse vítima de bandidos ao seguir instruções do aplicativo.
Em outubro, ocorreu outro caso envolvendo o Waze: a empresária Regina Murmura, 70 anos, foi morta por traficantes que metralharam seu carro depois que ela e o marido, perdidos ao usar o aplicativo, foram parar no Morro do Caramujo, em Niterói.
“Foi terrível. Um dos bandidos ficou com a arma na minha nuca, enquanto o senhor falava: ‘Deixem ele ir embora. Não estão vendo que ele é trabalhador. Matar por quê? Para trazer a polícia aqui para o morro?, Acabaram me liberando”. (AG)