Segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Por Flavio Pereira | 2 de outubro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A agência Moody’s, ao revisar a classificação de risco em escala global do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), manteve a pontuação do banco em Ba2 estável, a mesma de dezembro. A decisão é importante, em especial porque sinalizou que os eventos climáticos não alteraram a classificação de risco positiva do BRDE em escala global.
A Moody’s informou ainda ao mercado que o BRDE seguiu com seus “ativos sob controle, apesar dos recentes eventos climáticos desafiadores que afetaram o Rio Grande do Sul” e projetou que a atividade econômica terá aumento gradual ao longo do segundo semestre de 2024 destacando o papel do banco na promoção do desenvolvimento no Brasil e nos Estados do Sul.
O presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Junior vê na avaliação positiva, uma perspectiva favorável: “a redução dos custos de novas captações e, da mesma forma, levar crédito cada vez mais acessível aos nossos clientes”.
Projeto de Lei proíbe uso de recursos de programas sociais para apostas online
Uma proposta do deputado Delegado Zucco protocolada na Assembleia Legislativa proíbe o uso de recursos recebidos através de programas estaduais para atingidos pela enchente e beneficiários de programas de transferência de renda para uso em apostas esportivas online e sites eletrônicos de apostas (bets).
“Os benefícios sociais, como os concedidos pelo Governo do Estado após as enchentes, tem como objetivo garantir condições mínimas, garantir o alimento na mesa do gaúcho que mais precisa, queremos impedir que esse dinheiro tenha outra utilização, impedir que esse recurso seja investido em apostas online”, destaca o autor da proposta, Delegado Zucco.
Cortes no orçamento do Governo Lula podem atingir emendas parlamentares de socorro ao estado
Os cortes no orçamento publicados na edição extra do Diário Oficial da União na segunda-feira (30), além de atingirem áreas importantes como Saúde, Educação, Cidades e Integração Regional, trazem um outro risco. As emendas parlamentares de comissão, anunciadas para socorro ao Rio Grande do Sul, poderão ser afetadas. Os cortes atingem R$ 975 milhões destinados para emendas parlamentares.
Pesquisa AtlasIntel com inteligência artificial não ouviu pessoas?
A recente pesquisa AtlasIntel, que trouxe números totalmente fora da curva em comparação com a todas as demais pesquisas para a prefeitura de Porto Alegre, tem uma peculiaridade. Segundo dados fornecidos pela AtlasIntel ao TSE, a pesquisa utilizou-se de dispositivos (smartphones, tablets, laptops ou PCs). Em comparação com pesquisas presenciais domiciliares ou em pontos de fluxo, RDR evita o eventual impacto psicológico da interação humana sobre o respondente na hora da entrevista: o respondente pode responder o questionário em condições de plena anonimidade, sem temer causar uma impressão negativa para o entrevistador ou para pessoas que eventualmente podem estar ouvindo as respostas compartilhadas durante a entrevista.
Segundo dados registrados no TSE, a pesquisa custou R$ 35 mil, foi contratada pela AtlasIntel e paga pela própria AtlasIntel.
O “estranho conceito de civilização”
Em editorial, o Estadão comenta a recente entrevista do presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, na qual ele afirma que a missão do Supremo é “recivilizar” o País. Indaga o editorial: “De que ‘civilização’ se trata quando ministros favorecem corruptos confessos e emasculam lei que moraliza estatais?”
E prossegue: “a defesa da supremacia da Constituição parece ser incumbência menor para o egrégio Supremo Tribunal Federal (STF). O destino da Corte seria “recivilizar” o Brasil – nada menos. Assim entende o seu ministro presidente, Luís Roberto Barroso, que em entrevista ao jornal Valor afirmou que a “total recivilização do País” é o “legado institucional” que ele pretende deixar ao transmitir o cargo a seu provável sucessor, o ministro Edson Fachin. Em primeiro lugar, é incontornável observar que só precisa ser “recivilizada”, por óbvio, uma horda de bárbaros, o que nem de longe retrata a Nação brasileira. Só esse pequeno lapso, digamos assim, basta para expor o grau de alheamento da realidade e de afetação intelectual, quando não autoritária, que tem comprometido a legitimidade de não poucas decisões dos ministros do STF nos últimos anos.” E conclui: “Diz-se com razão que o STF carece de autocontenção. Antes a Corte carecesse só disso.”
* @flaviorrpereira (Instagram)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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