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AGÊNCIAS DE RISCO E DE DÚVIDAS

Com base no crescente peso da dívida do governo, no aumento dos desafios para a consolidação fiscal e na piora do cenário de crescimento econômico, a agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota do Brasil de BBB para BBB menos. No comunicado, alerta que o país pode em breve perder o selo de bom pagador, conforme as finanças do governo se deterioram em meio à prolongada recessão.

Os argumentos são reais.

Ocorre que as agências também erram e são identificadas pelo mercado como instrumentos com intuitos sombrios a serviço da megaespeculação. Coube a elas a responsabilidade pela turbulência financeira que estremeceu o mundo a partir de 2006, com a crise do subprime. Lançou os Estados Unidos na recessão, levando 274 poderosas instituições financeiras à concordata. Para garantir a sobrevivência, elas tiveram de recorrer ao Tesouro norte-americano, em controvertido processo de ajuda.

Na véspera da hecatombe, as agências não vacilaram em atribuir notas de risco generosas às empresas que estavam em dificuldades. O episódio produziu reações pesadas e em cadeia, atingindo dezenas de países que ficaram à beira do colapso.

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