Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2016
Mais de 70 grupos de ajuda humanitária suspenderam sua cooperação com a ONU (Organização das Nações Unidas) na Síria, segundo reportagem do jornal britânico “The Guardian”.
Esses grupos também exigiram uma investigação imediata e transparente das operações no país depois de denúncias indicarem que o ditador sírio, Bashar al-Assad, teria influência sobre a distribuição e os fundos desses contratos.
Em uma carta à ONU, a coalizão formada por 73 grupos diz não tolerar a manipulação de esforços humanitários pelos interesses políticos do governo sírio.
A decisão é o momento mais tenso após meses de tentativas fracassadas dos grupos de ajuda humanitária de apoiar pessoas em áreas sitiadas do país.
INVESTIGAÇÃO
Uma investigação do próprio “Guardian” concluiu, em agosto, que o programa de auxílio da ONU resultou na distribuição de contratos e fundos para pessoas próximas ao regime de Assad.
A ONU teria pago, por exemplo, mais de US$ 4 milhões (R$ 13 milhões) a um fornecedor estatal de combustível que está na lista de sanções da União Europeia.
Já a Organização Mundial da Saúde teria gasto mais de US$ 5 milhões (R$ 16 milhões) no banco de sangue sírio, controlado pelo departamento de defesa de Assad.
A ONU defende suas operações na Síria e diz que continua totalmente imparcial no país. (Folhapress)