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Geral Agentes penitenciários são presos por “venderem” vagas no presídio de Taquara

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Foram cumpridos nove mandados de prisão (Foto: MP/Divulgação)

O MP (Ministério Público) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (27), com o apoio da Brigada Militar, a Operação Pitágoras 2 para desarticular uma quadrilha responsável pelos crimes de corrupção, concussão, peculato e outros delitos contra a administração pública. Foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva contra três agentes penitenciários, dois detentos do Presídio Estadual de São Francisco de Paula, um apenado do Presídio Estadual de Taquara, um foragido do sistema prisional, um preso em Santana do Livramento e um ex-detento de Taquara. No total, sete pessoas foram presas.

Conforme as investigações, realizadas pelo promotor de Justiça Leonardo Giardin, o bando realizava um esquema de cobrança ilegal de bens, objetos e valores de presos para permanência ou admissão no Presídio Estadual de Taquara, idealizado por Evandro Oliveira Teixeira, à época diretor da casa prisional, e Marcelo Alexandre Ribeiro Carvalho, chefe de segurança da cadeia. Para tanto, os agentes valiam-se de uma decisão judicial de interdição parcial do estabelecimento prisional que estabelecia um número limite de presos que poderiam permanecer ali encarcerados e que, superado esse limite, o excedente deveria ser transferido para outras casas prisionais do Estado.

O esquema funcionava da seguinte forma: após o ingresso de um novo detento no presídio, os presos Luís Renato Caetano da Silva e Valdemar César, na galeria do regime fechado, e o preso Jair Dutra da Silva, no regime semiaberto, aproximavam-se do detento vítima e, sob o pretexto da superação do número limite de presos, exigiam valores que variavam, de acordo com as condições financeiras do custodiado, entre R$ 2 mil e R$ 20 mil para que não fossem incluídos em uma suposta “lista de transferências”. A determinação era proveniente dos agentes  Teixeira e Carvalho, com a colaboração do agente José Marcelo Brum Coruja. Os presos denunciados José Durante, Mario Fabrício Santos dos Reis e Rui Junior Santana também participavam dos achaques. Pelo menos 26 vítimas foram detectadas pelo MP.

Em outras ocasiões, o detento Luís Renato Caetano da Silva encaminhava a vítima para uma sala reservada do presídio, onde os agentes penitenciários realizavam a cobrança. Nas dependências do regime semiaberto, o denunciado Jair Dutra da Silva era o encarregado de aproximar-se das vítimas para a cobrança. O esquema acabou se tornando conhecido em outras penitenciárias e presos que tinham interesse na transferência para Taquara faziam contato com os denunciados para “comprar” uma vaga. O diretor do presídio, Evandro Oliveira Teixeira, induzia a erro o juízo da Vara de Execuções Criminais.

Teixeira e  Carvalho, diretor e chefe de segurança do Presídio Estadual de Taquara, respectivamente, eram os mentores e líderes do grupo criminoso, segundo o MP.  Coruja tinha plena ciência do esquema estabelecido por seus colegas, e, por vezes, tomava parte na prática extorsiva e obtinha proveito econômico.

(Foto: MP/Divulgação)

(Foto: MP/Divulgação)

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