Quarta-feira, 28 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2015
O Google anunciou que irá remover fotos e vídeos de “pornografia de vingança” (revenge porn, em inglês) de seus resultados da busca se houver solicitação das vítimas. Essas imagens, que trazem conteúdo íntimo e explícito e costumam ser publicadas para humilhar ou chantagear ex-parceiros (o mais comum é que sejam de mulheres), têm se tornado um problema em todo o mundo. A iniciativa dará ênfase a fotografias divulgadas sem o consentimento dos indivíduos expostos.
Para pedir a retirada, o gigante das buscas terá um formulário especial de solicitação, disponível on-line nas próximas semanas. Ele funcionará de forma semelhante ao que já acontece com imagens que contenham informações pessoais divulgadas sem consentimento, como dados bancários e assinaturas de usuários, que já são retiradas das pesquisas.
“Nossa filosofia sempre foi que a busca deveria refletir toda a internet. Mas imagens de pornografia de vingança são intensamente pessoais e emocionalmente prejudiciais e servem apenas para degradar. Então, vamos honrar os pedidos de pessoas para a remoção de imagens íntimas explícitas compartilhadas sem consentimento”, disse Amit Singhal, diretor de busca do Google, em um post no blog da empresa.
A companhia ainda enfatizou que a política vai ser “estreita e limitada”, já que o gigante da internet não consegue remover imagens dentro dos sites em que estão hospedadas – apenas retiram o link da busca no google.com.
Direito ao esquecimento.
Essa não é a primeira vez que o Google permite a retirada de informações dos usuários dos resultados. Em 2014, em decisão surpreendente da mais alta corte da União Europeia, a Justiça decidiu que qualquer pessoa tem “o direito de ser esquecida na rede”, obrigando a companhia a apagar links da busca a pedido de usuários.